O BRASIL estaciona no ranking geral de competitividade
Este estudo vem sendo realizado pela CNI desde 2012 e já nas primeiras avaliações o Brasil se situou no final da escala do ranking. Ao longo dos anos ocorreram algumas melhorias pontuais sem entretanto ter alcançado destaque no conjunto das avaliações. Veja a seguir os comentários dos analistas CNI em relação aos estudos mais recentes.
No ranking geral de 2018-2019, o Brasil está na penúltima posição, atrás do Peru e à frente da Argentina. Além desses três países, Índia, Colômbia e Indonésia completam o terço inferior do ranking geral. O Chile e o México, os outros dois casos de países latino-americanos, situam-se no terço intermediário do ranking, junto com Polônia, Turquia, Rússia e África do Sul. Coreia do Sul, Canadá, Austrália, China, Espanha e Tailândia formam o terço superior.
Entre os nove fatores determinantes da competitividade, o Brasil está no terço superior do ranking (seis primeiros colocados) em apenas um: Disponibilidade e custo de mão de obra. O resultado positivo reflete a competitividade do país em Disponibilidade de mão de obra, sobretudo, o crescimento de sua força de trabalho. Em Custo da mão de obra, o Brasil está no terço inferior do ranking, com um custo relativamente elevado, devido, principalmente, à sua baixa produtividade do trabalho, que só supera a da Índia. Ressalte-se que o Brasil passa por mudanças demográficas e a tendência é de redução da oferta de trabalho, o que torna mais importante o aumento da produtividade.
O país se situa no terço intermediário do ranking dos fatores Estrutura produtiva, escala e concorrência, Educação e Tecnologia e inovação.
Em Estrutura produtiva, escala e concorrência, apresenta vantagem competitiva em Escala, com o quarto maior mercado doméstico, o que compensa o fraco desempenho em Concorrência. Em relação à Educação, também há oposição entre subfatores. O país apresenta o segundo maior gasto público em educação (como proporção do PIB), mas está no terço inferior do ranking nas demais dimensões avaliadas: disseminação e qualidade da educação. No fator Tecnologia e inovação, o Brasil apresenta o quinto maior investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), em termos do PIB, mas a baixa participação do setor privado nesse investimento o coloca em posição intermediária em Esforços de P&D.
No subfator Resultados dos esforços de P&D, apresenta fraco desempenho em invenções (refletido em número de pedidos internacionais de patentes), o que é compensado pelo resultado médio em artigos publicados e exportações de alta-tecnologia.
Nos demais cinco fatores, o Brasil está entre os últimos seis colocados do ranking. No fator Infraestrutura e logística, está na 15ª posição, em razão da baixa competitividade do país em Infraestrutura de transporte, em Infraestrutura de energia e em Logística internacional. No subfator Infraestrutura de energia, está na última posição, o que reflete o alto custo com energia elétrica e a baixa qualidade no fornecimento.
Veja o relatório completo, em pdf, 117 páginas no link abaixo (fonte).
FONTE: www.portaldaindustria.com.br