O Brasil ocupou o 64º lugar no ranking mundial de inovação em relatório publicado na edição 2018. O país ganhou cinco posições em relação ao ano anterior (2017), quando ficou em 69º na listagem mundial. O índice é calculado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual e tem como parceiro local a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A liderança do ranking ficou com a Suíça. O país foi seguido por Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda. Entre os países de renda média-alta, o destaque foi da China, seguida por Malásia, Bulgária, Croácia e Tailândia. Entre os de renda média-baixa, os mais bem posicionados foram Ucrânia, Vietnã e Moldávia. Já nos países de renda baixa, alcançaram melhor desempenho Tanzânia, Ruanda e Senegal.
O Brasil foi classificado na categoria das nações de renda média-alta, ocupando a 15ª posição neste grupo. Dentro da região latino-americana, o país ficou na 6ª colocação.
Insumos e condições institucionais
O Brasil subiu no ranking quando considerados os chamados insumos de inovação, ficando na 58ª posição. Neste indicador, são levados em consideração itens como instituições, capital humano, pesquisa, infraestrutura e sofisticação de mercado e negócio. No ano anterior, havia ficado em 60º lugar.
Os melhores índices registrados no país foram nos quesitos de gastos em educação (23º colocado) , investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (27º), dispêndio de empresas em P&D (22º) e qualidade das universidades (27º). Os autores também destacaram a capacidade de absorção de conhecimento (31º), pagamentos em propriedade intelectual (10º), importações de alta tecnologia (23º) e escala de mercado (8º).
Já os pontos fracos foram apontados pelo relatório nas instituições (82º), ambiente de negócios (110º), facilidade de abertura de negócios (123º), graduados em engenharias e ciências (79º), crédito (104º) e a formação de capital bruto (104º).
Produtos e inovação
Já nos produtos da inovação, o Brasil foi para o 70º lugar. Nessa categoria são considerados produtos científicos e tecnológicos e indicadores relacionados a eles, como patentes e publicações em revistas e periódicos acadêmicos. O índice subiu em relação ao ano anterior, quando ficou na 80ª colocação.
No índice de eficiência de inovação, o Brasil pulou para a 85ª posição. Esse indicador mede o quanto um país consegue produzir tecnologia frente aos insumos, condições institucionais e estrutura de capital humano e pesquisa. Neste quesito foi registrada a maior diferente na comparação com 2017, quando a posição conquistada foi a de número 100.
Em tempo: A Confederação Nacional da Indústria e o Sebrae realizam o 8o. Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria – Veja abaixo e consulte o site para maiores informações.
Fonte: Jonas Valente – Repórter Agência Brasil Brasília, Notícias CNI.
Na avaliação do presidente da CNI em exercício, Paulo Afonso Ferreira, a inovação precisa ser vista como uma agenda para o desenvolvimento do país. “A inovação é a palavra chave para o mundo desenhado pela 4ª Revolução Industrial e o fio condutor do novo mercado de trabalho, da nova indústria, das novas formas de relacionamento e consumo”, destaca. “A capacidade das empresas inovarem é determinante para aumentar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. A inovação é condição inequívoca para a competição em mercados globais, a criação de empregos de qualidade e o fortalecimento da indústria”, acrescenta o dirigente. O futuro dos alimentos e as tendências da inovação nas áreas de saúde, defesa e energia