Todo e qualquer estado tem sua cultura e manias próprias. No Espírito Santo não é diferente. O capixaba tende a valorizar aquilo que é dele e, inclusive, tem uma maneira particular de medir a distância. Num passado não muito distante, antes da pandemia da Covid-19, era comum ouvir alguém de Vila Velha dizer: “mas você vai LÁ em Vitória?” Acontece que esse conceito do que é longe ou perto tem mudado numa velocidade inesperada.
O comportamento dos capixabas, dos últimos 90 dias para cá, está mudando abruptamente. Conheço muitos amigos corretores que assinalam que é visível o aumento, nunca antes visto por eles, do número de clientes, que moram em cidades vizinhas, migrando de uma cidade para outra. O êxodo dos centros urbanos para lugares antes tidos como “distantes”, que ofereçam outro tipo de qualidade de vida, tem sido uma constante no mercado imobiliário. Não é um comportamento único e exclusivamente do capixaba, mas pessoas de outras praças também têm buscado espaços com tais características.
Há uma grande perspectiva de expansão e valorização, com base nesse comportamento recente dos clientes, de regiões próximas às cidades de Vitória e Vila Velha, por exemplo. O bairro de Praia de Itaparica, sentido a Guarapari, tem sido vetor de crescimento em Vila Velha, com enorme potencial, e a procura por morar em condomínios horizontais não tão próximos ao Centro Urbano explodiu.
Esse fenômeno tem se comportado como uma curva apontada para cima no município da Serra, em especial em Alphaville Jacuí e Boulevard Lagoa. Moradores de Vitória e Vila Velha têm buscado a região com o objetivo principal de priorizar a outra qualidade de vida. Além disso, a proximidade com a natureza, a pureza do ar e, acima de tudo, segurança e comodidade oferecidos pelos condomínios horizontais – que têm se mostrado como um grande diferencial.
Nesses empreendimentos, o valor do metro quadrado ainda é muito atraente para pessoas que desejam ter esta qualidade de vida. O fluxo de veículos também diminuiu bastante e parece que essa não é uma tendência passageira, afinal, boa parte das pessoas descobriu que não precisa se deslocar tanto para poder viver de forma muito mais cômoda, tranquila e produtiva.
Outro movimento que tem acontecido é com relação aos lugares que antes eram considerados destinos de passeio. Agora, eles são endereços seguros para moradia fixa. É o caso de Pedra Azul e a região montanhosa de Domingos Martins, onde a qualidade de vida, o clima agradável e o crescimento constante da oferta de serviços na região, podem ajudar a explicar o alto potencial de procura para se viver como nos tempos remotos, com mais segurança, qualidade e tranquilidade.
Nas próximas publicações do “Imóvel para Você”, vou falar sobre outros paradigmas quebrados pelo mercado imobiliário. Continue acompanhando!
Thiago Abreu
Adorei as informações. Tenho mta vontade de comprar um imóvel em Pedra Axul,para morar,tipo um apartamento.E possível?