A importância do corretor de imóveis no mercado imobiliário envolve uma série de atividades que dinamizam a economia de uma cidade. Com atendimento diferenciado, voltado para ambientes digitais, esse profissional está se repaginando para ficar em dia com as ferramentas tecnológicas e seus ensinamentos.
Neste 27 de agosto é celebrado o Dia do Corretor de Imóveis e nada mais justo do que uma entrevista com Ary Bastos, corretor de imóveis há 30 anos e presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Espírito Santo (Sindimóveis-ES). Confira:
Thiago Abreu: Várias profissões e serviços foram impactados por mudanças no hábito do cliente contemporâneo. Na sua visão, quais são as principais mudanças que já estão impactando e que irão impactar na profissão corretor de imóveis?
Ary Bastos: No mundo contemporâneo, a gestão das vendas imobiliárias passa forçosamente pelo ponto de vista tecnológico. O contato com todos os clientes passa a ser on-line e temos ainda o incremento das Redes Sociais. Por isso, o corretor tem que buscar se qualificar e buscar esse cliente no mundo digital. Isso tudo tem uma técnica. Dessa forma, o corretor precisa aprimorar seu conhecimento técnico e, com isso, se adequar. O marketing digital se apropriou muito disso tudo e estamos agora numa outra ponta, pois a pandemia acelerou esse processo de busca dos clientes através do mundo digital devido ao isolamento social. A tecnologia acelerou a prospecção de clientes e de vendas. Isso faz com que o corretor, na verdade, se alinhe cada vez mais a essas novas tecnologias para buscar clientes e vendas. É necessária mesmo a qualificação técnica, como também a profissional.
No panorama pós-Covid19, fala-se de ciclos pandêmicos, ou seja, o “novo normal” estaria incluído no acesso ainda mais restrito das pessoas. Quais seriam a visão e as novas habilidades que um profissional, que deseja se destacar, deverá adquirir dentro do mercado imobiliário?
Nesse mundo pós-pandêmico, a previsão de novas pandemias leva os corretores de imóveis a aprimorarem o foco, cada vez mais, no fechamento e na apresentação do imóvel. Os clientes estão sendo prospectados pelo digital, há empresas de tecnologia para isso, que colhem os dados desses clientes, os chamados “leads”. Daí sabemos que tipo de cliente é e qual produto deseja. Essa ferramenta tecnológica do marketing digital vai evoluir cada vez mais, levando o corretor de imóvel a ter o foco principal na apresentação do imóvel e no fechamento da venda. É necessário que o profissional se prepare muito bem para esse novo cenário, buscando qualificação continuada no marketing e nas ferramentas digitais.
A mentalidade de gestão do Governo Federal está alinhada com os pensamentos liberais. Isso faz com que autarquias e sindicatos precisem repensar a atividade junto às categorias. Quais serão, na sua visão, os desafios que autarquias e sindicatos terão pela frente junto à categoria dos corretores de imóveis?
O pensamento liberal vai continuar e as autarquias e sindicatos, que têm mérito de representatividade, ou seja, que de fato representam e lutam pelos interesses dos que estão ligados à instituição, continuarão servindo de base não só na questão da qualificação, mas para os interesses coletivos da categoria. Nós, enquanto Sindimóveis-ES, junto à Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), lutamos e conseguimos inserir os corretores de imóveis no Simples Nacional, resolvendo uma questão tributária antiga. Estamos agora na luta para incluir o corretor no MEI (Microempreendedor Individual), e isso vai ser uma grande vitória, principalmente para aqueles que iniciam a carreira, pois dará mais dignidade pra que ele possa, de fato, alcançar os direitos que tem enquanto trabalhador de micro e pequena empresa. Tivemos uma outra vitória também, que foi o “corretor associado”. Foi uma luta da federação junto com o sindicato, fazendo com que essa relação de imobiliárias e corretores se fortalecesse com tranquilidade jurídica, para poder fazer a gestão dos nossos negócios imobiliários. É necessário se adequar mesmo a esse novo momento, pois atuação sindical só será possível para os sindicatos que de fato tiverem mérito de trabalho junto aos profissionais associados.
O curso de Técnico de Transformações Imobiliárias (TTI) continua formando profissionais desejados no atual mercado imobiliário. Estamos às vésperas de um novo ciclo de lançamentos. Você acha que esse profissional, e o profissional experiente, devem se manter no mercado de terceiros ou devem focar suas atenções no mercado de lançamentos?
O Sindimóveis-ES mantém dois cursos de formação TTI, por convênio, um a distância e, outro, presencial. Devido ao Covid-19, tivemos um aumento nos cursos a distância. Vamos inaugurar, a partir da primeira quinzena de setembro, 220 cursos a distância em várias áreas e com foco no mercado imobiliário, para os corretores de imóveis. O Sindimóveis-ES está cumprindo com a qualificação profissional tanto para os novos corretores quanto para os que já estão no mercado. É lógico que o importante é o foco, é o corretor descobrir qual é a sua vocação, onde ele tem maior talento. Se o talento dele é vender o programa “Casa Verde Amarela”, então, ele tem que focar nisso. Se o talento é vender loteamento, foque em loteamento, mas vamos ter grandes oportunidades agora com os novos lançamentos que estão vindo, em especial, os lançamentos de imóveis já na modalidade do “novo normal”. Esses lançamentos irão atrair novos clientes para produtos com mais condições de qualidade de vida, pois se vierem novas pandemias, esses imóveis estarão mais adaptados. O mercado imobiliário terá grandes lançamentos e a gente só tem a comemorar. No entanto, a comemoração especial é este dia 27 de agosto, Dia Nacional do Corretor de Imóveis. Parabenizo todos os profissionais da área, como também o “Imóvel pra Você” e o Folha Vitória pela iniciativa de um projeto transmídia sobre o mercado imobiliário, com foco no corretor de imóveis.
Parabéns a Ary Barbosa Bastos e a Folha Vitória pelo incentivo e a homenagem aos profissionais do mercado imobiliário. O foco no seguimento que o profissional Maia se identifica em princípio é muito importante para que se possa desenvolver ferramentas que propicie a esses profissionais, mas é preciso incentivar também aos profissionais novos ou mais experientes que eles possam diversificar, experimentando outros seguimentos senão o foco que mais se identifica porque em casou-se crises de mercado ou até mesmo de pandemia, ele tenha condição de optar por outro seguimento que lhe venha a frente como demanda do mercado consumido! A exemplo disso me refiro a atual situação. Fala-se muito em home office permanente e que o mercado de imóveis residenciais passarão a ser produzidos Em menor escala com maiores espaços como casas maiores em condomínios verticais, e em vez de grandes prédios com muitos apartamentos, pequenos, fazer prédios com menos quantidades de unidades porém com maiores espaços e locais reservados para o trabalho em casa. Desse modo contribui-se para a não aglomeração em prédios comerciais, é assim os não se constroem mais grandes prédios de salas comerciais ficando alenasnosmespacoamreservadoa para aqueles profissionais realmente essenciais como os consultórios médicos e dentistas, também os laboratórios de diagnósticos e de medicina Jucelene etc. com os jogos hábitos de vida, o incentivo à volta ao homem para o campo produzir seu próprio alimento, o mercado de imóveis rurais com pequenos espaços como sítios e chácaras terão maiores demandas daqui para a frente, bem como o valor incentivo aos pequenos produtores rurais, e a agricultura familiar.
Matéria muito importante tanto para os profissionaisnprincipiantes quanto para os mais experientes, parabéns a Ary Barbosa Bastos e a Folha Vitória.