Alta do dólar impulsiona investimentos no mercado imobiliário dos Estados Unidos

Alex Pandini

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A disparada do dólar em 2024 tem colocado investidores brasileiros em alerta, especialmente aqueles que buscam proteger e diversificar seus patrimônios. Com uma valorização de cerca de 20% frente ao real até novembro, a moeda americana se consolidou como uma alternativa segura em meio às incertezas econômicas, tornando o mercado imobiliário dos Estados Unidos em uma das oportunidades mais promissoras para 2025.

 

Esse movimento não é recente. Desde 2019, quando a cotação do dólar estava em torno de R$ 3,70, a moeda tem mostrado uma curva de valorização constante, chegando a ultrapassar os R$ 6,00 em 2024.

 

Para Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, a estratégia de dolarizar parte do patrimônio tornou-se essencial. “O dólar consolidou ainda mais sua posição como um ativo seguro para diversificação patrimonial. O histórico de valorização consistente nos últimos anos reforça a importância de considerar investimentos em ativos dolarizados, como imóveis nos Estados Unidos, que oferecem retorno financeiro e segurança a longo prazo”, afirma.

 

Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional. Foto divulgação.

 

Por que investir em dólar?

Investir em dólar vai além de proteger o patrimônio contra oscilações cambiais. É também uma forma de acessar mercados em alta e estruturar investimentos em ativos mais sólidos, como o imobiliário americano. De acordo com Toledo, as diferentes regiões dos EUA oferecem oportunidades para variados perfis de investidores, seja em imóveis de luxo ou em propriedades com valores mais acessíveis e potencial de valorização.

 

Para brasileiros interessados em investir no mercado imobiliário americano, uma das opções mais relevantes é o visto EB-5, destinado a investidores que aplicam no mínimo US$ 800 mil em áreas designadas como de alto desemprego (Targeted Employment Areas) ou US$ 1,05 milhão em outras regiões, gerando ao menos 10 empregos nos EUA. Essa categoria oferece um caminho direto para o Green Card, permitindo residência permanente no país.

 

Visto

Outra alternativa é o visto E-2, voltado para investidores de países com tratados comerciais com os Estados Unidos. Brasileiros com dupla cidadania – como passaporte europeu – podem utilizar o E-2 para investir e administrar negócios imobiliários, sendo necessário demonstrar que o investimento é substancial e que o empreendimento será viável economicamente.

 

Mercados como Miami continuam atraindo investidores de alto padrão, interessados em imóveis luxuosos que funcionam tanto como casas de férias quanto como forma de preservação patrimonial. Já outras cidades, como Orlando, Dallas e Houston, estão se destacando pela combinação entre custo-benefício e crescimento acelerado. “Regiões em expansão nos Estados Unidos têm apresentado condições favoráveis tanto para famílias que buscam qualidade de vida quanto para investidores em busca de valorização”, explica Toledo.

 

De acordo com o advogado, outro ponto que favorece o mercado imobiliário nos EUA é a estabilidade econômica e a previsibilidade do retorno sobre o investimento. “Investir em imóveis nos Estados Unidos significa apostar em um mercado estável, com regras claras e um cenário de valorização contínua, especialmente em locais com forte demanda”, finaliza.

 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.