Capixabas investem em mini apartamentos em São Paulo

Alex Pandini

Ideais para quem eventualmente vai a São Paulo a trabalho, os edifícios são sempre bem localizados, os condomínios oferecem inúmeras comodidades e as unidades também são atrativas porque, quando não são utilizadas pelo dono, se tornam uma opção de investimento para locação por diária ou temporada.

VN Millenium, condomínio de apartamentos compactos da Vitacon na Faria Lima, em SP. Crédito: assessoria de imprensa

 

A proposta da Vitacon, empresa paulista que há 14 anos aposta no conceito de coliving, é permitir ao cliente morar numa área nobre, próximo de onde trabalha e também do lazer (museu, teatro, shopping), evitando desperdício de tempo no deslocamento de um ponto a outro da cidade, e ainda, tendo a disposição no condomínio um pool de serviços, conforto e entretenimento. O negócio também costuma ser chamado de “moradia por assinatura”. Assim surgiram os mini apartamentos, unidades que possuem em média 25 m², mas que em alguns casos chegam a ter menos metragem ainda. “O que importa para o consumidor é ter um lugar confortável, perto de tudo, e que ainda ofereça uma série de comodidades”, diz o diretor de parcerias da Vitacon, Anderson Leony.

 

A comodidade começa com a gestão da unidade, que é responsabilidade da Housi, a empresa parceira da Vitacon. Se o cliente quiser, até o mobiliário do apartamento é providenciado. Além disso, os condomínios costumam ter, além de sauna e piscina, academia, cinema, supermercado, estúdio de música, lounge, coworking, garagem compartilhada… é possível até pedir um ifood e recebê-lo num box personalizado, que garante a manutenção da temperatura ambiente. Outro atrativo é a conectividade. A Housi literalmente digitaliza o edifício, no conceito da internet das coisas, fazendo com que a experiência de morar seja a mais contemporânea e tecnológica possível.

 

Mercado consumidor

Inicialmente, o mercado consumidor para esse nicho era 100% de São Paulo. Gente que morava na própria cidade, há 2, 3 horas de distância do escritório, ou era do interior mas trabalhava ou tinha que ir com frequência à capital. Os mini apartamentos encurtaram a distância, deram mais tempo e mais qualidade de vida na maior metrópole brasileira, e chamaram a atenção também de outros públicos. Anderson Leony afirma que hoje nada menos que 60% dos clientes são de outros estados. “Nós compactamos espaços geralmente pouco utilizados individualmente e expandimos espaços coletivos, agregando valor a eles, isso criou um produto interessante numa cidade que, por natureza, se conecta com todo o país”, diz. Ele se refere a profissionais liberais, como médicos, advogados, engenheiros, designers, ou executivos de empresas, que vez por outra necessitam passar alguns dias em São Paulo por conta da profissão que exercem.

 

Entre esse público, os capixabas estão cada vez mais interessados no investimento. Tanto que, dos 3 empreendimentos entregues pela Vitacon em 2023, em 2 deles a 3ª colocação em vendas foi de uma imobiliária do Espírito Santo. Os empreendimentos em questão estão localizados na Alameda Lorena, nos Jardins, em Bela Vista, próximo ao Shopping Frei Caneca, e no Alto da Boa Vista, uma das regiões que mais se valorizam na capital paulista.

 

A diretora de parcerias da Vitacon/ES, Kissia Maria, lembra que 92% da clientela adquire o mini apartamento com a finalidade de investimento. “Em São Paulo, uma diária pode variar significativamente dependendo da situação”, diz. De fato, se uma diária numa unidade da Vitacon custa em média R$ 300, em dias de grandes eventos esportivos ou musicais (como o lollapalooza), esse valor pode se elevar significativamente. “Dependendo do evento em questão, ou se for um feriado prolongado, por exemplo, as diárias podem chegar a R$ 1.200, um valor 4 vezes maior, é uma excelente opção para aluguel de curta temporada”, explica Kissia.

 

A Vitacon foi criada em 2009 por Alexandre Lafer Frankel, que desenvolveu o conceito de apartamentos “compactos”. Desde sua fundação, a empresa já entregou mais de 100 obras, umas, inclusive, com metragem bem menor do que atualmente, como no caso de unidades de 14 m², no Bom Retiro. Ele também é CEO da Housi, a empresa que é o “software” dos edifícios projetados pela Vitacon. Mas ela também caminha com os próprios pés. Aqui no estado, A Housi está implantando inteligência e automação em um empreendimento em construção, um condomínio de alto padrão em Vitória, com previsão de entrega em 2 anos.

 

 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.