Como fazer o melhor negócio na hora de comprar um imóvel
Na hora de realizar o sonho da casa própria, é necessário ter atenção redobrada. Com a taxa selic ainda acima de dois dígitos, qualquer possibilidade de financiamento com juros mais atrativos, descontos e melhores condições de prazo deve ser levada em conta. Mas, antes de mais nada, é necessário prestar atenção na documentação para dar entrada no processo. Qualquer falha pode atrasar o processo de financiamento do imóvel.
Regra geral, é necessário ter o CPF regularizado (é possível consultar a situação gratuitamente pela Serasa). O cadastro positivo junto à Serasa e ao SPC também é importante, porque um bom histórico de crédito contribui na obtenção do financiamento. Outro ponto é ter conta no banco em que vai pedir o financiamento, porque um relacionamento saudável com a instituição financeira também pesa na decisão. Ter uma conta salário, ou seja, receber seus pagamentos (como empregado ou autônomo) e movimentar todas as suas finanças na conta do banco ajuda na avaliação, e o extrato de movimentação bancária pode comprovar a renda necessária para a liberação de crédito. Ah, se você for autônomo, é importante ainda formalizar a empresa (fazer cnpj de MEI – Micro Empreendedor Individual). Por fim, reunir comprovante de renda, extratos bancários, holerites, declaração do IR… é bom conferir a lista de documentos exigidos e tê-la em mãos.
Dicas
Mas, mesmo com toda a papelada em mãos, é possível não ter o crédito liberado. Além da comprovação de renda, os bancos e financeiras usam outros critérios para decidir se concedem ou não o financiamento. O blog foi até a Serasa buscar algumas dicas, que podem colaborar para conseguir financiar uma casa ou apartamento.
- Financiamento imobiliário: a mais popular das opções para comprar um apartamento é o financiamento imobiliário. O consumidor interessado em conhecer as condições deve procurar bancos, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras para solicitar um empréstimo para compra do imóvel. As instituições normalmente exigem uma entrada (20% do valor do imóvel, por exemplo) e pagamentos mensais por um período que pode variar de 10 a 35 anos.
- Consórcio: funciona como uma carta de crédito para comprar o imóvel. O consumidor paga mensalmente e pode ser sorteado no curto, médio ou longo prazo. A contemplação pode variar de acordo com a demanda dos consorciados.
- Recursos próprios: caso haja dinheiro suficiente para pagar o imóvel à vista, essa é uma ótima opção para evitar o pagamento de juros e encargos bancários. Outra vantagem é ter melhores condições para negociar o valor do imóvel com uma entrada maior para reduzir o valor das prestações pendentes do financiamento.
- Venda do imóvel atual: colocar o imóvel financiado na negociação para comprar um novo é uma negociação que os bancos fazem. Chama-se portabilidade de crédito. Nela, o saldo devedor do financiamento atual é transferido para o financiamento do novo imóvel.
- Financiamento direto com o proprietário: há casos de financiamento de imóvel direto com a empreiteira ou com o dono do imóvel, sem envolver as instituições financeiras. É uma alternativa de financiamento direto. Nesse caso, é importante ter um contrato bem elaborado e garantias para evitar problemas.
Simulação e barganha
O blog também ouviu o economista Guilherme Dietze, que considera importante ainda tomar a taxa de juros referência da Caixa Econômica Federal, para depois ir ao banco negociar. “Sabemos que as taxas da Caixa são, regra geral, as menores do mercado, então, de posse dessa primeira oferta disponível, é possível obter algum desconto ou benefício que se compare ou mesmo torne o negócio mais atrativo. Dependendo do histórico do cliente com a instituição financeira, e das circunstâncias no negócio, como por exemplo o valor de entrada, a negociação pode se tornar atrativa”, analisa.
O economista também diz que procurar aplicativos, sites e empresas especializadas em simulações é importante para ter melhor ideia do quanto irá ser pago ao longo do tempo. “Financiar imóvel é um processo longo, pode durar até 30 anos, então ter total conhecimento dos valores envolvidos, desde o porcentual de juros até os números absolutos, são fatores fundamentais para tomar uma decisão mais assertiva e não ter nenhuma surpresa desagradável no futuro”, acredita Dietze.
(com informações da Serasa Experian)