A conscientização ambiental está impulsionando a demanda por imóveis sustentáveis. Construções verdes, uso eficiente de energia, reaproveitamento da água da chuva e materiais sustentáveis estão se tornando características essenciais para atrair compradores preocupados com o meio ambiente.

 

A sustentabilidade é uma tendência mundial, e as construtoras no Espírito Santo estão atentas a demanda, uma vez que tem se tornado um critério de escolha entre os consumidores. Inclusive, prefeituras e governos, também têm estabelecidos critérios rigorosos de sustentabilidade.

 

Para a arquiteta e diretora da Ademi-ES, Myrion Fachetti, algumas empresas estão atentas à sustentabilidade, incluindo em seus empreendimentos sistemas como aproveitamento de água de chuva e local para coleta seletiva de lixo, que são recursos importantes dentro do funcionamento de um edifício.

 

VIABILIDADE FINANCEIRA

“O investimento em sustentabilidade ainda encontra a barreira da viabilidade financeira, pois sistemas sustentáveis são um custo importante a ser considerado no empreendimento. Mesmo assim, as empresas caminham para o lado certo, tanto na gestão da obra quanto em entregar ao cliente final sistemas que priorizam a proteção do meio ambiente e a economia no consumo”, analisa a Myrion.

 

 

 

A diretora da Ademi-ES aponta as tendências sustentáveis inovadoras em 2024. É o caso da sustentabilidade socioambiental, um movimento mundial que se intensificou após a pandemia. O propósito vai além do impacto ambiental e foca no valor concedido às pessoas através da sustentabilidade. “Uma outra forte tendência é a economia circular, que diz respeito à reciclagem e reutilização de recursos. E as energias renováveis, que já são uma tendência há algum tempo, continuam com intenso viés da sustentabilidade”, destaca a arquiteta.

 

Além dessas ações, a utilização de tecnologia verde como aliado da sustentabilidade, onde inovações serão aplicadas para monitorar e otimizar o uso de recursos, prever eventos climáticos extremos e desenvolver soluções mais eficientes, vai impulsionar a eficiência operacional. “E, sempre muito importante, a educação para a sustentabilidade que vai capacitar a nova geração para implantar e criar sistemas eficientes e focados no futuro do planeta”, acrescenta.

PRÁTICA IMPACTA NO BOLSO E NO AMBIENTE

Os projetos sustentáveis nos empreendimentos têm impacto positivo no bolso do consumidor e no ambiente em que está inserido. Myrion  Fachetti explica que sistemas sustentáveis como aproveitamento de água de chuva e geração de energia elétrica vão impactar diretamente no bolso do consumidor final. “Se um empreendimento é entregue com esse tipo de sistema, significa que as contas de energia elétrica e consumo de água serão menores e essa economia é uma vantagem direta para os condomínios e moradores”.

 

 

Já as cidades se deparam com problemas como poluição, insuficiência da rede pluvial para escoar todo o volume de chuva que recebe, gestão de resíduos, entre outros. A diretora cita exemplos práticos que mostram os benefícios dos projetos sustentáveis. “Um empreendimento sustentável vai minimizar esses problemas quando, por exemplo, tem uma gestão de resíduos implementada na execução da obra e na operação do edifício. Ou como o sistema de utilização de água de chuva, que irá armazená-la enquanto a chuva acontece, aliviando as tubulações de água pluvial nos momentos mais críticos.

 

Para a diretora da Ademi, atualmente é essencial falar em consumo responsável. Ela acredita que um consumidor, quando busca um empreendimento com foco sustentável, está procurando não apenas as vantagens diretas de economia nas suas taxas de consumo, mas também empresas responsáveis ambientalmente que justifiquem terem sido escolhidas para aquisição do imóvel.