Por que o setor da construção pode ter um ano morno? Há dois anos a construção civil avança em ritmo forte. No entanto, o setor deve encerrar este ano, com a pior performance desde 2020, quando registrou queda de 2,1%.

No final do mês passado, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou para baixo a projeção de elevação da construção para 2023. A estimativa, que no início deste ano girava entre 2% e 3%, passou para 1,5%.

Construção civil

“Percebe-se claramente que há uma intensidade menor da atividade do que no ano passado”, disse o presidente da CBIC, Renato Correia.

Na avaliação do dirigente da entidade, os juros elevados estão no topo da lista dos fatores para esse resultado. Da mesma forma, o fato de o Minha Casa, Minha Vida ainda não ter produzido efeitos no mercado neste ano, também impacta.

Espírito Santo

Apesar de um menor crescimento que nos anos anteriores, ainda haverá avanço, o que já é um fator positivo.

O presidente do Sinduscon-ES, Douglas Vaz, afirma que, para o segundo semestre, são boas as expectativas.

“O Estado tem demonstrado um cenário favorável. Tanto que temos registrado lançamentos no mercado imobiliário”, explica o empresário.

“Esperamos que o segundo semestre seja marcado por lançamentos do Minha Casa, Minha Vida, já que as novas regras foram aprovadas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) no fim de junho e começaram a ser implementadas em julho.

“A redução dos juros também impacta o setor da construção e a redução da Selic acena para um crédito mais acessível”.