Construtoras estão motivadas com o novo Minha Casa, Minha Vida
Com as mudanças do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), anunciadas pelo governo federal, muitos empresários do setor da construção civil estão motivados.
Durante a Convenção Secovi-SP 2023, evento que reúne empresários e profissionais da área para tratar de temas do mercado imobiliário, entre outros temas, a vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, recebeu um panorama de que os incentivos criados pelo programa impulsionem o surgimento de novos empreendimentos.
Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato de Sousa Correia, a expectativa positiva do mercado imobiliário deve ser atribuída à abertura de diálogo do governo com o setor. “Esse é um projeto construído a quatro mãos, resultado de um esforço conjunto”, afirma.
Correia complementa e diz que “as construtoras e incorporadoras estão motivadas. O FGTS é o único funding (captação de recursos financeiros) estável que temos em nosso país.”.
Mais incentivo
Para o diretor da Torres Engenharia, Marcelo Torres, o programa melhorou muito no “teto” do valor para aquisição do imóvel.
“O custo da construção aumentou muito e com o teto anterior não era viável a venda de imóveis dentro do programa. Ou seja, não estava sendo lucrativo. Agora está bem mais atrativo e temos mais oportunidades de vendas das unidades”, diz.
O empresário acredita que a partir de agora é possível atingir áreas que antes não eram possíveis, como bairros mais nobres, mais perto da capital, como por exemplo, em Bairro de Fátima, na Serra.
“Esse novo teto ajudou demais na localidade e, consequentemente, na construção de novos empreendimentos”, afirma.
Novo MCMV
As novas regras que aumentaram o subsídio para aquisição de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, anunciadas em 07 de julho deste ano, reduzem a taxa de juros para famílias de baixa renda, nas faixas 1 e 2 do programa.
O subsídio para famílias de baixa renda – com renda mensal de até R$ 2.640 (faixa 1) e até R$ 4,4 mil (faixa 2) –, passou de R$ 47 mil para até R$ 55 mil.
Desta forma, o teto dos imóveis para as faixas 1 e 2 do programa será de R$ 264 mil para os municípios com população de 750 mil habitantes ou mais; R$ 250 mil para as cidades com população entre 300 mil e 750 mil habitantes; R$ 230 mil para os que têm população entre 100 mil e 300 mil habitantes; e R$ 200 mil para cidades com população inferior a 100 mil habitantes.
Também foi ampliado o valor máximo do imóvel por faixa de renda. Assim, para famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil (faixa 3), o valor máximo do imóvel passou de R$ 264 mil para até R$ 350 mil em todos os Estados.
*Com informações da CBIC e da Agência Brasil