A declaração do Imposto de Renda é um desafio para os proprietários de imóveis alugados e também para os locatários. Um levantamento da empresa paulista de administração imobiliária apontou que o período gera um aumento de 50% nas consultas de atendimentos por proprietários com imóveis alugados e de inquilinos, em comparação a outros meses do ano.

Mas essa não é uma realidade apenas de São Paulo. No Espirito Santo, a contadora e consultora Tributária e de Benefícios Fiscais, Emanueli Cristini, afirma que é comum que surjam dúvidas na hora de acertar as contas com o leão.

“Entre as principais dúvidas estão os valores que devem ser preenchidos nos campos de valores pagos às imobiliárias. No entanto, há muitos casos onde os contratos são feitos diretamente entre locador e locatário. Sem o envolvimento de uma imobiliária”, afirma ela.

Uma dica que ajuda o locador a ter suas contas organizadas é realizar mensalmente a declaração do imóvel locado através do Carnê Leão, um aplicativo criado pela Receita para organizar as despesas de forma contínua e sequencial. Então ali, o locador vai preenchendo mês a mês todas as despesas que ele teve com aquele imóvel.

“O carnê leão te permite informar a dedução das despesas como energia, água, IPTU, e outros. E ao realizar a declaração anual você informa apenas o valor líquido e se der divergência com o que o inquilino/locatário informou, como você já faz o carnê leão mês e a mês, e está ali justificado e comprovado, isso diminui o risco de cair na malha fina ou precisar justificar dados que não conferem. Custos com imobiliária também são dedutíveis da receita bruta, ou seja, você pode declarar o valor efetivamente recebido, já descontando os custos com imobiliária”, explica a contadora.

Já para o inquilino/locatário, não há mistério, pois o aluguel não é dedutível do Imposto de Renda. O inquilino só informa o valor pago de aluguel durante o ano colocando o CPF ou CNPJ do locador.

 

Por: Leticia Vieira