Exigências do mercado estimulam inovação no acabamento

Alex Pandini

Fotos divulgação.

 

O mercado imobiliário segue em ritmo de crescimento no país, em especial no segmento de alto padrão. O aquecimento reflete diretamente no setor de materiais de construção, que recebe impulso em toda a cadeia produtiva com as novas moradias. Num orçamento para construção de uma casa, a fase que costuma abocanhar a maior parte dos recursos é a do acabamento. Segundo a arquiteta e urbanista Fernanda Ferreira, head das lojas Essence Acabamentos, essa etapa numa obra consome, em média, 45% de todo o orçamento.

 

Os acabamentos estão entre os itens que mais evoluíram, trazendo novidades que evidenciam novas tendências estéticas e ainda mas podem gerar redução de custos com produtos de melhor qualidade, com maior durabilidade e facilidade de aplicação. Abaixo, Fernanda Ferreira faz uma lista dos itens que mais se destacam.

 

 

Tintas

De acordo com a arquiteta e  head das lojas Essence,  entre os produtos voltados para essa fase de acabamento, as tintas estão entre as que mais recebem influência de novas tendências. “Os fabricantes hoje investem muito em tecnologia, buscando desenvolver produtos que trazem resultados inovadores. Um exemplo são as tintas, que possibilitam criar texturas bem diferentes como a velvet, com nuances de cor e textura que vão fazer as paredes parecerem revestidas por um luxuoso tecido de veludo. Outro efeito bem marcante que pode ser feito com essas modernas tintas é o nuage, que é inspirado na delicadeza das nuvens, trazendo mais suavidade e sofisticação para o ambiente”, detalha.

 

Pisos

Na parte de acabamentos residenciais, Fernanda destaca que um dos grandes diferenciais, além das texturas, são os formatos maiores de pisos, que conferem a sensação de mais amplitude para a casa. “Temos uma inovação que é a  textura soft touch, da marca Roca. Um piso que não é nem polido nem acetinado, e é ideal para aquele cliente que gosta da estética do polido, mas não quer perder a resistência, podendo ser usado até ambiente como varanda ou garagem”, explica.

 

 

Segundo ela, a possibilidade de ter tamanhos variados, tanto maiores, como menores, facilita a obra, gera celeridade e até economia. Um exemplo citado por Fernanda são os novos tipos de porcelanatos, que antes eram fornecidos por uma empresa só e apenas nas dimensões de 120 por 120. Hoje, o produto está disponível nos tamanhos 120X240 e 90X90, com espessura de lâmina também menor de 7 milímetros. “Antes você tinha uma caixa de porcelanato com duas peças que davam 20 milímetros. Hoje em uma caixa do produto temos três peças que dão 21 milímetros. Assim, conseguimos ter uma área quadrada maior, no mesmo espaço, que faz o frete ficar melhor, pois é possível trazer  mais produto no mesmo caminhão e no mesmo peso, impactando assim em um preço menor para o consumidor”, destaca ela, lembrando que as lâminas também se tornam mais fácil de assentar, mais leves de carregar e acondicionar.

 

Cores 

Uma tendência que Fernanda viu na última bienal de moda e decoração em Milão e trouxe para as lojas Essence, é a volta com força do bege, tanto nos mobiliários, tapeçaria e também nas paredes. “Nós vivemos uma era de muito do cinza e agora tivemos muitos lançamentos que exploram os tons da família do bege. Temos também um forte uso das cores da família Kali, tendência do marfim e o off white, que seguem fortes”, pontua a arquiteta.

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.