A arte da fotografia arquitetônica
O formato das linhas e a forma como elas interagem com outras figuras transformam totalmente uma imagem.
Por isso, a cidade possibilita diferentes olhares. Nesse contexto, a fotografia arquitetônica é um dos meios artísticos mais usados para dar asas à criatividade.
Fotografia arquitetônica
Linhas e ângulos de prédios, casas e também espaços internos visto de formas tão diferenciadas. Então, muito de nós já se pegou diante de uma imagem admirando a sensibilidade do profissional. A percepção aguçada em visualizar e captar determinado cenário de uma forma tão única, tão “obra de arte”.
A fotografia de arquitetura exige um olhar apurado e conhecimento básico sobre o assunto. Para criar fotos atrativas ao público, é preciso estudar e analisar a estrutura dos projetos.
As demandas são muito variadas, explica a fotógrafa Giovanna Gonçalves. “Eu fotografo ambientes internos, edifícios, comércios, para portfólios profissionais de arquitetos e designers e também pro marketing das empresas do setor”, enumera. Isso inclui construtoras, marcenarias, empresas de rochas ornamentais. “Além de hotéis e pessoas que contratam para divulgar Arbnb”, detalha.
Giovanna começou a fazer os primeiros registros arquitetônicos durante um intercâmbio na Inglaterra, há nove anos. Formada em Arquitetura, hoje atende clientes no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Mas, no ano passado, ela lançou a proposta dos quadros como obra de arte, com duas peças fazendo parte da Casa Cor
Obra de arte
Por mais que ofereça diversas oportunidades comerciais aos fotógrafos, a arquitetura também é um rico objeto para o talento artístico.. “A riqueza de cada detalhe possibilita uma infinidade de resultados. É preciso analisar o cenário e fazer diversos testes até criar uma composição atrativa.”, ensina a fotógrafa.
A arquiteta Laís de Sá é uma da clientes da Giovanna. E não poupa elogios. “O quadro da Gil se tornou a cereja do bolo aqui no meu ambiente”, garante Laís.
Ela destaca que é uma obra de extrema importância, instalada em um dos pontos principais do espaço. Está exatamente atrás da cadeira do usuário do home office.
“A gente sabe que o home office tem um coração, que é a mesa e a cadeira, e o quadro veio logo atrás, como um ponto link muito importante de união de todo o conceito do projeto”, explica a arquiteta.
Portanto, não basta equipamento adequado. Além de não pode abrir mão de uma boa câmera e acessórios, é preciso habilidade, um olhar apurado, talento.
Fotografando
As fotografias de ambientes internos são as estruturas mais comuns no ramo da fotografia arquitetônica. Essas construções “desenham” belas linhas e ângulos capazes de criar uma fotografia incrível.
No entanto, a fotografia arquitetônica não está limitada a cenários externos. A demanda para espaços internos, especialmente os decorados, utilizados para venda de imóveis por imobiliária de luxo, é bem grande.
Além disso, todas cidades possuem monumentos históricos que rendem fotografias incríveis.
Você sabia…
- Um dos pioneiros na fotografia arquitetônica foi o francês Eugène Atget. Conhecido por registrar as ruas parisienses e o cotidiano de seus habitantes durante a transição dos anos 1800 para 1900.
- Inspirada pela visão de Eugène Atget, a fotógrafa Berenice Abbott teve a ideia de registrar o cenário urbano de Nova Iorque durante os anos 30.
- Com o passar dos anos, os arquitetos passaram a formar parcerias com fotógrafos, com a intenção de documentar seus projetos de forma que refletisse a essência do desenho.
- Uma das duplas mais conhecidas foi composta pelo fotógrafo Julius Shulman e o arquiteto Richard Neutra, durante os anos 40.
- Ambos se tornaram grandes referências no modernismo e suas obras ainda são aclamadas pelo amantes da arquitetura e da fotografia
Por Letícia Vieira, Luciene Araujo, Aline Pagotto