Gerenciamento de obras vs. Acompanhamento de obras: entenda a diferença e o papel de cada profissional

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O gerenciamento de obras e o acompanhamento de obras são duas atividades distintas na construção civil, cada uma com suas particularidades e responsabilidades. Entender a diferença entre elas é fundamental para garantir o sucesso de um projeto de construção.
De acordo com a engenheira Samantha Caldeira proprietária da SA Engenharia, “o gerenciamento de obras é a atividade responsável por planejar, coordenar e controlar todas as etapas de uma obra, desde a concepção até a entrega final. O gerente de obras é o profissional responsável por essa atividade” afirmou a engenheira que listou as principais funções desse profissional:

  • Elaborar o planejamento da obra, definindo as etapas, os prazos e os recursos necessários;
  • Coordenar as equipes envolvidas na obra, como engenheiros, arquitetos, pedreiros e outros profissionais;
  • Controlar o orçamento da obra, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma eficiente;
  • Garantir a qualidade da obra, verificando se as normas técnicas e os padrões de qualidade estão sendo seguidos;
  • Gerenciar os riscos da obra, identificando possíveis problemas e tomando medidas para evitá-los ou minimizá-los.

“Já o acompanhamento de obras é a atividade responsável por fiscalizar e monitorar a execução da obra, verificando se as etapas estão sendo cumpridas de acordo com o planejamento e as normas técnicas”, pontuou a engenheira que ainda pontuou que “o acompanhamento de obras é realizado por um profissional específico, o fiscal de obras”. Samatha também listou as principais funções desse profissional.

  • Verificar se as etapas da obra estão sendo cumpridas de acordo com o planejamento;
  • Fiscalizar o cumprimento das normas técnicas e dos padrões de qualidade;
  • Identificar possíveis problemas e tomar medidas para corrigi-los;
  • Acompanhar o uso dos recursos, verificando se estão sendo utilizados de forma eficiente;
  • Elaborar relatórios de acompanhamento da obra, informando sobre o andamento e os resultados obtidos.

Samantha ainda pontua que o gerenciamento feito sem empresa responsável ou engenheiro com equipe especializada pode acabar saindo mais em “conta”. “Porém o contratante acaba tendo que assumir diversas responsabilidades como: troca de equipes, profissionais não gabaritados para execução dos serviços, ausência de contrato, gerenciar fluxo dos profissionais na obra, etapa ideal para o profissional entrar, dispor de tempo para acompanhar o serviço, fazer aquisição de materiais e receber o material na obra. Correndo o risco de ter retrabalho, falta de material, desperdícios e até mesmo abandono dos serviços”, finaliza a engenheira.

A publicitária Silvia Gobbo passou pelas duas experiências. Começou uma obra contratando por conta própria o pedreiro e comprando os materiais por indicação dele. “uma obra que era para durar 1 mês durou 3, o pedreiro pegou outras obras e as vezes ficava 3 dias sem aparecer lá em casa. Isso era complicado. Ele também colocou outras pessoas que não tinham experiência para fazer a parte de acabamento. Tive muita refação. Muitos problemas e muita coisa sem fazer”, pontuou a publicitaria.

Na segunda parte da obra, Silvia optou por contratar uma empresa. “Primeiro é a segurança do processo. Porque você tem um acompanhamento do trabalho dos profissionais, da contratação dos profissionais, as dicas de que materiais comprar. Isso ajuda muito no processo. Segurança e praticidade. Foi um processo mais tranquilo, com menos dor de cabeça e com uma entrega que nos agradou muito mais” finaliza.

 

Por Leticia Vieira e Luciene Araujo 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.