Governo de SP investe em construção industrializada
O vice-governador de São Paulo Felicio Ramuth (PSD) anunciou ontem (1) que encerra neste mês de outubro a qualificação das empresas do chamamento da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo para a construção de 15 mil unidades habitacionais usando metodologias inovadoras de construção industrializada, até 2027.
“Estamos na etapa final. Isso permitirá que, em seguida, possamos realizar as provas de conceito das empresas qualificadas para fornecer essas soluções ao Governo do Estado de São Paulo”, afirmou Ramuth durante a cerimônia de abertura do Modern Construction Show, evento organizado pela Francal e que, pela primeira vez no Brasil, reúne toda a cadeia de fornecedores do ramo da construção industrializada.
A meta do governo de São Paulo é construir 7.500 habitações verticais, 7.500 habitações horizontais unifamiliares (casas) e 100 mil metros quadrados de prédios para uso público. As edificações deverão respeitar todas as exigências estabelecidas pelas normas técnicas que regulam a habitação de interesse social e as empresas deverão apresentar inspeção acreditada do projeto.
Método baseado em módulos e peças construídas fora do canteiro — o que permite acelerar as obras —, a construção industrializada já responde por 64,5% dos processos construtivos no país, e o principal segmento que utiliza essa solução é o residencial, com 50,8% das obras. Os dados são da Sondagem da Construção em Sistemas Industrializados, primeira radiografia do setor da construção industrializada no Brasil, elaborada pela FGV-Ibre e encomendada pelo Modern Construction Show.
Ramuth afirmou que a construção industrializada é crucial para o desenvolvimento de soluções habitacionais. “Fui prefeito de São José dos Campos e tive a oportunidade de construir, durante a pandemia, um hospital definitivo em apenas 35 dias, com 3 mil metros quadrados de área total”, lembrou, acrescentando que, no início da gestão do governador Tarcísio de Freitas, aconteceu a tragédia das chuvas em São Sebastião e, graças à construção industrializada, foi possível entregar, em tempo recorde, 700 novas unidades habitacionais para a população afetada: “Em menos de um ano, as famílias já estavam morando em suas novas residências”.