A iluminação faz toda a diferença no ambiente!
Iluminação não é brincadeira. As cores desempenham um papel fundamental na arquitetura, influenciando a forma como percebemos e nos conectamos com os espaços ao nosso redor. Com a iluminação, não é diferente.
As arquitetas Milena Ferrari e Rita Gumiero destacam que as cores têm o poder de transformar completamente um ambiente, criando sensações, transmitindo emoções e até mesmo influenciando o comportamento das pessoas.
Rita ressalta que as cores neutras, como o branco, o cinza e o bege, são amplamente utilizadas na arquitetura, pois proporcionam uma sensação de calma e neutralidade, além de serem versáteis e atemporais. Já as cores vibrantes e intensas criam impacto e personalidade nos espaços, mas devem ser utilizadas com cautela e de maneira compatível com o projeto.
Iluminação
Segundo Milena, a luz natural ou artificial pode alterar a percepção das cores, tornando-as mais intensas ou suaves, e é fundamental levar isso em conta para obter o efeito desejado.
Já a arquiteta Bruna Souza, afirma que é importante obter a iluminação natural sempre que possível, pois permite a melhor representação das cores, melhora a qualidade do local e transmite o bem-estar. Além de mais eficiente, podem beneficiar sua concentração, reduzir a fadiga visual e auxiliar no conforto térmico.
“Essa iluminação se dá por meio de vãos como janelas e claraboias. Contudo, deve-se analisar a posição destes vãos, pois talvez haja a necessidade de utilizar elementos sombreadores que permitam a passagem de luz indireta como, brises e cobogós, evitando uma claridade excessiva no local.
Entretanto, se faz necessária a distribuição da iluminação artificial de forma homogênea, garantindo a temperatura de cor correta da luz, afinal o local escuro é tão prejudicial quanto a claridade excessiva, pois acarreta no ofuscamento e fadiga visual, sendo prejudicial à saúde.
Sensações
De acordo com Bruna, a iluminação influencia nas sensações, portanto, deve-se ter em mente que cada ambiente necessita de um tipo de iluminação diferente.
“Locais que necessitam de maior concentração, como cozinhas, escritórios, salas de estudos, utiliza-se a luz branca porque ajuda a manter o foco. Já em locais mais aconchegantes como salas e quartos, utilizar uma iluminação mais quente, como a luz amarelada, auxilia no relaxamento. Mas se você necessita das sensações no mesmo ambiente, você pode juntar esses dois tipos de iluminação, contudo deve-se projetar de forma uniforme para que garanta o seu conforto, já que o tipo de iluminação também tem ligação com as sensações térmicas.
Através da iluminação adaptada, é possível evitar o ofuscamento e a fadiga visual promovida pela claridade excessiva e melhorar a representação das cores. Para garantir a qualidade em dias nublados e chuvosos, Bruna recomenda distribuir a iluminação artificial, garantido a temperatura de cor correta da luz para que não cause desconforto.
“Uma forma interessante é utilizar um sistema de iluminação artificial, que pode ser controlada de acordo com a luz externa, reduzindo a fadiga visual. Por isso, deve-se levar em consideração a temperatura da cor. Quanto maior o Kelvin, mais branca e fria ela é, quanto menor, mais amarelada e quente’, explica.
Luz natural
Para ler, se exercitar ou relaxar, a analista de TI Bárbara Novaes prefere a luz natural. Para ela, esse tipo natural é melhor para suas atividades.
“A luz natural permite que a gente veja tudo da forma que realmente é, por isso na minha casa tem muitas janelas para ela entrar. As fotografias, por exemplo, ficam muito melhor com a luz original do que com as de lâmpada. Observe, fica sempre um “borrão” na foto e isso não é legal.”, conclui.