Lojas de conveniência em condomínios são nova tendência no varejo
O mercado está em plena transformação e, à medida que 2025 se aproxima, algumas tendências sociais, econômicas e tecnológicas ganham força, redesenhando os hábitos e consumo e criando oportunidades inéditas para os mercados autônomos.
Os espaços de coliving – residências compartilhadas que oferecem praticidade, custos reduzidos e integração social – estão crescendo exponencialmente. Segundo um relatório da Cushman & Wakefield, líder em serviços imobiliários, o modelo coliving está crescendo globalmente a uma taxa anual de 15%, com previsão de grande impacto até 2027, com forte adesão entre jovens adultos que buscam flexibilidade e economia.
Segundo Eduardo Córdova, sócio-fundador e CEO do market4u, maior rede de mercados autônomos da América Latina, o modelo residencial demanda soluções de varejo “que estejam alinhadas ao ritmo acelerado desses consumidores, garantindo acesso 24 horas por dia, sete dias por semana a produtos essenciais, sem deslocamentos desnecessários e com a tecnologia como aliada”. Além disso, devido aos imóveis estarem cada vez menores, não há mais espaço para despensa, como antigamente.
ESTUDO
Um estudo realizado no ano passado, pela AntennasBI, empresa de consumer insights, mostrou que do público que frequentava lojas de conveniência 55% eram de homens e 45% de mulheres. A maioria com idade entre 25 e 34 anos. Dos consumidores que frequentam esses estabelecimentos, 54% deles fazem isso entre duas e quatro vezes por semana, 26% vão às lojas apenas uma vez e, 20%, de cinco a sete vezes. Já entre o público que não frequenta as lojas de conveniência e aqueles que não usam muito o serviço, 74% destes entrevistados, pontuaram o canal de vendas com uma nota oito, de zero a dez, O que demonstra um grande interesse por este modelo.
Segundo a pesquisa Consumer Insights 2022, os consumidores brasileiros vão pelo menos oito vezes por mês ao mercado, passando de 18,9% em 2021, para 26,9% em 2022. Na maior parte das vezes, as compras são feitas por urgência ou necessidade. Além disso, o conceito de “proximidade” se fortalece, com a preferência por pontos de venda dentro de residências, empresas e academias. “Nesse cenário, o mercado autônomo atende a essa nova dinâmica, ao unir tecnologia, praticidade e acessibilidade. Antigamente as pessoas gastavam tempo para economizar dinheiro, hoje isso mudou e o tempo é o nosso maior ativo”, diz Córdova.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A pesquisa Global Consumer Insights Pulse 2023, da PwC, mostrou que os consumidores estão cada vez mais dispostos a adotar a Inteligência Artificial para ajudar no processo de compra. O documento mostra que 50% dos consumidores dizem estar interessados em passar a fazer isso antes de tomar decisões. A personalização da experiência de compra, através de algoritmos que analisam preferências de consumo, já é uma realidade e será ainda mais refinada em 2025.
Além disso, Córdova afirma que “as empresas que ainda não estão utilizando IA já estão atrasadas, porque essa tendência ainda vai evoluir muito, mas já é uma realidade”.
Por fim, o executivo diz: “as tendências para 2025 apontam para um mundo mais conectado, dinâmico e orientado à experiência do consumidor. A busca por comodidade demonstra que o mercado autônomo não é apenas uma inovação, é uma necessidade que veio para ficar”.