Mão de obra disponível para a Construção Civil reduziu em uma década no país

Alex Pandini

Crédito foto: Elsa Fiúza, Agência Brasil.

Levantamento do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de São Paulo), aponta que, em todo o Brasil, o setor tem um déficit de 30 mil postos de trabalho para atender ao mercado imobiliário.

 

Em 2010, a construção civil tinha 3,2 milhões de empregados diretos no país e mais de 10 milhões em toda a cadeia. Hoje, no entanto, conta com 2,7 milhões de trabalhadores em um momento de alta demanda imobiliária.

 

Mestres de obra, pedreiros, eletricistas, carpinteiros e até engenheiros estão próximos da escassez. Além disso, a construção não está atraindo novos talentos na proporção que a demanda exige. Entre os motivos estão a baixa remuneração e o dia a dia nos canteiros de obra: trabalho sob sol, chuva, poeira e com máquinas pesadas.

 

Industrialização da construção civil

O steel frame, também conhecido como construção a seco ou modular, é uma das opções de industrialização que vem ganhando força no Brasil.

 

Dados da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), em parceria com o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), mostram que o segmento apresentou faturamento de R$ 10,6 bilhões em 2020, crescimento de 49,3% em relação a 2019. A produção atingiu o número de 1,03 milhões de toneladas em 2020.

 

Qualidade e quantidade

De acordo com Aleh Bossan, CEO da Inovahouse, franquia especializada em steel frame, a falta de mão de obra na alvenaria é generalizada, ou seja, em quantidade e em qualidade. “Hoje, o filho do pedreiro não é pedreiro. Isso diminuiu consideravelmente a mão de obra disponível e aumentou o custo da construção”.

 

Além disso, Bossan destaca que a construção por alvenaria gera custos diretos e indiretos. “Por exemplo: se o prazo da obra atrasar, se mantém os gastos com vigia, equipe de engenheiros, equipamentos etc”.

 

Franquia de steel frame

O CEO da Inovahouse conta que a segurança e praticidade desse modelo construtivo tem gerado novos postos de trabalho, mais agilidade nas obras e atraído profissionais da alvenaria. “As paredes saem prontas da indústria, com todas as instalações elétricas e hidráulicas, bem como vãos de janelas e portas com caixilhos”.

 

Segundo Bossan, no steel frame, para montar a casa só é necessário uma parafusadeira. As paredes saem do caminhão para a fundação. “É como se fosse o Lego da construção: você encaixa as estruturas, paredes e cobertura. Depois faz o acabamento. É rápido, eficiente e tem baixo custo de equipe de mão-de-obra para o cliente final”, finaliza.

 

Ficha técnica

Taxa de franquia: R$ 120 mil

Capital de Giro: R$ 100 mil

Investimento total (capital para instalação, de giro e taxa de franquia): R$ 250 mil

Área para Instalação: a já existente da construtora do franqueado

Tipo de negócio: comercialização e construção com tecnologia em steel frame

Ano de fundação: 2019

Ano de fundação do franchising: 2022

Número médio de funcionários por franquia: a partir de 2

Número de unidades franqueadas: 8 unidades

Royalties: 5% sobre o CMV na Indústria

Taxa de publicidade: 2% sobre o CMV na Indústria

Faturamento da unidade: a partir de R$ 500 mil

Lucro médio mensal: a partir de 14% sobre o CMV

Prazo médio de payback: a partir de 6 meses

 

Sobre a Inovahouse

A Inovahouse é uma franquia de construção a seco (light steel frame) para a produção de casas, projetos comerciais, de lazer e para reformas ou ampliações. A rede tem como propósito promover um mercado da construção mais ágil, econômico e ecológico.

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.