Mercado de steel frame cresce em 2024 e é aposta da construção civil
A aposta pelo Light Steel Frame está em alta no Brasil e no mundo. Dados da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) mostram um crescimento de 60% no uso da tecnologia no país nos últimos anos. O método, que usa perfis de aço para as estruturas, encontra um mercado global que deve crescer a uma taxa anual composta entre 5% e 7% até 2027, impulsionado por investimentos em construção modular e métodos mais sustentáveis, segundo o Steel Framing Market Report de 2024.
Dados do Centro Brasileiro de Construção em Aço mostram que a produção de perfis galvanizados, incluindo Light Steel Frame, cresceu 27,7% em 2023 em relação ao ano anterior, e a perspectiva para 2024 também é de alta, chegando a 7,2 %.
Segundo o grupo Innova Steel, pioneiro na utilização da tecnologia no Brasil, a empresa teve um crescimento de 117% em agosto de 2024 na comparação com o mesmo período de 2023. As lojas Steel Home, parte do ecossistema da empresa, registraram ainda uma grande expansão em número de unidades e faturamento, fechando o ano com 9 lojas próprias e 12 franqueadas abertas, e mais 9 contratos para abertura, ainda no primeiro semestre de 2025. Elas são responsáveis pela comercialização do material de construção a seco utilizado nos processos construtivos.
Enquanto nos Estados Unidos a utilização de construções a seco soma mais de 500 mil casas por ano, por aqui ainda precisamos desmistificar questões como o custo. É o que afirma Caroline Siqueira, vice-presidente do grupo. “É um mito que a construção em Light Steel Frame seja mais cara. O que as pessoas não sabem é que, com esse tipo de material, o valor não sofre alterações ao longo da obra, como é recorrente na construção tradicional”.
Futuro sustentável
Além de ser mais rápido, resistente e versátil, o método consome cinco litros de água por metro quadrado, enquanto uma construção de alvenaria consome 500 litros. “Estamos falando de uma redução de 90% no uso da água, na comparação com os métodos tradicionais. Com o light steel frame também reduzimos os resíduos das obras, evitando desperdício de material, de dinheiro e minimizando a contaminação”, completa Caroline.
Para atender à alta demanda, o grupo conta com uma indústria própria para a fabricação de materiais para construção a seco, com fábricas em São Paulo e na Bahia que já produziram cerca de 7 milhões de m2 de placas. Recentemente, fechou um acordo com a neozelandesa Framecad para aumentar a capacidade de produção de modelos de aço.