Modelagem 3D, Pix e assinatura eletrônica são tendências para o setor em 2023
A construção civil é um setor que tem se beneficiado cada vez mais das novas tecnologias, que têm permitido a criação de materiais e técnicas de construção mais eficientes, sustentáveis e inovadoras. A utilização de tecnologias como a impressão 3D, a realidade virtual e aumentada, a inteligência artificial e a internet das coisas tem permitido a criação de edifícios mais altos, resistentes e sustentáveis, além de tornar o processo de construção mais eficiente e seguro.
Além disso, as novas tecnologias também têm permitido a criação de edifícios mais inteligentes, que utilizam sensores e sistemas de automação para controlar o consumo de energia e água, além de oferecer maior conforto e segurança para os moradores.
Mas será que estamos no ritmo ideal? Separei essa matéria publicada na Agência CBIC para trazer essa discussão a tona, e saber para onde vai o uso da tecnologia na construção civil.
Nos últimos anos, o setor de construção passou a incorporar a tecnologia em diversos processos de sua operação. Contudo, levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) mostra que esse movimento caminha a passos não tão rápidos. O estudo apurou que apenas 23% das empresas do setor realizam investimentos em digitalização, número que sobe para 66% no varejo e 68% na indústria.
O levantamento ainda mostrou que 95% dos entrevistados do setor querem aprender sobre inovação, mas apenas 25% conhecem aplicações concretas de tecnologia 4.0 como impressão 3D e inteligência artificial. Para o diretor de produtos do segmento de construção da TOTVS, Eduardo Pires, o segmento está aberto à tecnologia e o futuro é promissor. “Mesmo que a digitalização na construção avance gradualmente, a expectativa é de que seja um avanço significativo nos próximos anos. Soluções que já existem para modelagem, pagamento instantâneo, inteligência de vendas e digitalização de documentos devem estar mais presentes no dia a dia do setor”, disse.
Segundo Pires, quatro tendências devem aquecer o mercado da construção em 2023. A primeira é o Lean Construction e BIM (Building Information Modeling). “É verdade que estas não são exatamente novidades para o setor, mas Lean Construction e BIM continuam sendo alvo de atenção e investimento por parte dos players do setor, e essa tendência deve seguir em 2023”, destacou.
Lean Construction (ou “construção eficiente”) é um método para reduzir perdas (de tempo e dinheiro) e aumentar a produtividade na construção. A metodologia consiste no desenvolvimento de um plano de ação para alcançar esses objetivos a partir de princípios como controle de qualidade, para satisfazer fornecedores, clientes e funcionários; e adoção de planejamentos, em níveis estratégicos (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curto prazo).
Já o BIM é uma ferramenta que possibilita o desenvolvimento de modelos virtuais de obras, com a criação de projetos 3D, com todas as especificações de elementos de construção e materiais utilizados alinhando-a ao backoffice com cada etapa do projeto, da concepção até a manutenção pós-entrega. “O BIM é tão completo que a ABDI avalia que a produtividade de um projeto pode aumentar em 10% com sua adoção”, contou o diretor da TOTVS.
A segunda tendência apontada por Eduardo Pires é a ascensão do PIX, que vem ganhando destaque na construção nas transações B2B para fornecedores e parceiros. A assinatura eletrônica é outra ferramenta apontada por Pires que pode contribuir com o setor.
“O PIX pode ser ainda mais explorado pelos players do segmento, trazendo mais economia para o ecossistema. A assinatura eletrônica agiliza processos, evita burocracia e garante mais segurança em todo o fluxo de assinaturas de documentos, além de garantir a conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e total validade jurídica. É uma ferramenta de simples adoção e que pode trazer muito mais produtividade e agilidade ao setor”, disse.
Ferramentas de CRM e marketing digital são a quarta tendência apontada por Pires. Para ele, essas soluções facilitam para que construtoras e incorporadoras desenvolvam um bom relacionamento com seus clientes, otimizando o contato e podendo definir ações mais estratégicas de marketing e vendas. “O CRM permite uma gestão de clientes mais aprimorada com segmentação e estudo do perfil de clientes, acompanhamento de vendas, criação de relatórios estratégicos, entre outros. Diante das inúmeras melhorias trazidas, como ganho de produtividade e fidelização de clientes, a adesão do CRM no segmento deve se destacar no próximo ano”, declarou.