NO COCK PIT!

Alex Pandini

As duas maiores construtoras que financiam imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida estão na primeira fila à espera da largada do programa.

Na coluna anterior, traçamos um resumo da expectativa do Mercado Imobiliário e da Construção Civil sobre a retomada do programa do Governo Federal, que vinha modorrento desde 2015 e agora promete acelerar as vendas não só para unidades de baixa renda, mas também para imóveis de médio padrão, beneficiando assim a classe média.

Os valores dos imóveis possíveis para financiamento chegam a R$ 350 mil para a chamada “faixa 3”, que inclui quem tem renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil mensais.

Hoje, vamos trazer a visão das 2 maiores construtoras que operam no Espírito Santo com linhas de financiamento do Minha Casa, Minha Vida.

MORAR

Uma delas é a Morar, empresa capixaba no mercado desde 1981, uma das 100 maiores do Brasil de acordo com o ranking Intec, e que já entregou mais de 10 mil unidades desde sua fundação.

A presidente da Morar Construtora, Aline Stefanon, falou à coluna a respeito do que significa a ampliação do programa. “Do ponto de vista prático, para a população, a mudança do Minha Casa, Minha Vida significa que mais pessoas terão acesso aos benefícios. Agora elas têm mais chance de comprar sua casa própria com condições diferenciadas e de forma mais simples”, afirmou.

Para ela, o novo teto trouxe um “aumento da flexibilidade” para as construtoras, considerando a alta dos preços das matérias-primas e custos do mercado. “A mudança trouxe otimismo para o cenário, sendo boa tanto para quem vai comprar, quanto para quem constrói e vende”, completa Aline.

Ela dá um dado que demonstra a expectativa em torno do aquecimento do mercado. A Morar Construtora dispunha de 300 unidades enquadradas no Minha Casa, Minha Vida (unidades com 2 quartos e 1 banheiro) antes das mudanças anunciadas em junho pelo Governo Federal. Agora esse número dobrou. São quase 600 apartamentos disponíveis para a venda, nos municípios de Serra Vila Velha.

Aline Stefanon também comenta sobre a possibilidade de financiamento de apartamentos de até R$ 350 mil, e do aumento da renda de beneficiários, que atinge famílias com até R$ 8 mil de renda mensal. “Temos visto uma procura maior, principalmente desse novo cliente, que agora tem acessos a mais benefícios como juros reduzidos, subsídio de até R$ 55 mil e parcelamento em até 420 meses.

MRV

A outra construtora que mais trabalha com o programa Minha Casa, Minha Vida aqui no estado é a MRV, empresa de Minas Gerais criada em 1979, que conquistou não só o Brasil, onde está presente em 160 cidades, como se tornou a maior da América Latina. A MRV é a principal player do mercado de construção civil popular no país e participa do programa desde sua criação.

A expectativa da MRV em relação às mudanças do novo formato são de que um maior número de pessoas consiga realizar o sonho da casa própria. A diretora comercial da empresa, Viviane Matos Sieiro, nos lembra de um fato importante: “com as mudanças, 90% da população brasileira passa a ser elegível ao programa. Nós estamos com 92% do portfólio atual enquadrado, com mais de 35 mil unidades disponíveis em todo o Brasil.

Viviane diz que a empresa realizou um levantamento recentemente, para mensurar a procura da população brasileira pela casa própria. “Tivemos uma alta de 54% na busca nacional em julho, se comparado ao mesmo período do ano anterior”, informa.

Campanha
Diante da demanda crescente por informações, a construtora lançu uma campanha, “com o compromisso de comunicar de forma clara e acessível sobre o novo Minha Casa, Minha Vida em todas as nossas plataformas”, diz Viviane. A empresa iniciou a comunicação por meio da websérie “Tudo o que você precisa saber sobre o Minha Casa, Minha Vida”, destinada às pessoas interessadas em adquirir seu primeiro imóvel de acordo com as novas regras do programa. Com uma linguagem didática, a série possui 8 episódios e está disponibilizada no canal do Youtube da companhia

MAIS DETALHES MINHA CASA, MINHA VIDA

Teto financiamento:

Faixas 1 e 2
R$ 264 mil p/ cidades a partir 750 mil habitantes.
R$ 250 mil p/ cidades entre 300 mil e 750 mil habitantes.
R$ 230 mil p/ cidades entre 100 mil e 300 mil habitantes.
R$ 200 mil p/ cidades com população inferior a 100 mil habitantes.

Valor Máximo
Famílias com faixa de renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil (faixa 3)
R$ 350 mil

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.