Diante da tragédia vivida no Rio Grande do Sul, que enfrenta uma catástrofe sem precedentes, fruto das mudanças climáticas cujo processo se acentuou pela negligência de autoridades e corporações sobre questões ambientais planetárias, o setor da Construção Civil se manifesta pela necessidade de ações urgentes para a reconstrução das comunidades afetadas.
Dentro do setor, os segmentos de steel frame, wood frame e construções modulares surgem como potenciais ferramentas para acelerar o processo de recuperação de parques industriais, casas e edifícios destruídos pela inundação no Rio Grande do Sul.
O blog traz nesta quinta-feira a opinião da diretora do 7º Congresso Latino-americano de Steel Frame e Construção Industrializada, Luana Carregari. Vamos à ela.
“O Rio Grande do Sul enfrenta uma catástrofe sem precedentes que evidencia a negligência em questões ambientais. . A tragédia, que afetou profundamente a vida dos gaúchos, exige ações imediatas, mas além de contabilizar os prejuízos materiais e as vidas perdidas, a população precisa se concentrar na reconstrução de suas comunidades. A infraestrutura, a urbanização e a construção de novas moradias são pontos críticos nesse processo. É nesse contexto que a construção industrializada se apresenta como uma opção essencial, oferecendo sistemas construtivos rápidos e eficientes, com menores impactos ambientais.
Luana Carregari. Foto divulgação.
“Os sistemas de construção como Steel Frame, Wood Frame e Construções Modulares têm se consolidado no Brasil e em toda a América do Sul, seguindo o exemplo de países como Estados Unidos, México, Japão e China. Durante a pandemia, vimos a construção de hospitais em tempo recorde utilizando esses métodos. Em fevereiro de 2023, a tragédia no litoral norte de São Paulo, que deixou aproximadamente 4 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas, foi um exemplo concreto da eficácia da construção industrializada. Com 518 unidades habitacionais, o empreendimento composto por 30 prédios de quatro andares com apartamentos de 41 a 47 m², além de 38 casas térreas, foi feito em um curto espaço de tempo. Do início da montagem no canteiro à entrega das chaves, se passaram apenas seis meses.
“O setor da construção industrializada está se articulando entre associações, câmaras e sindicatos, junto com a esfera pública, para coordenar ações e desenvolver soluções inovadoras nesse cenário de crise. A cadeia produtiva desse setor está preparada para aportar seu know-how na reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul. Importantes players e plantas industriais desses sistemas estão localizados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, prontos para contribuir com a recuperação da região. Empresas representativas como Master Wall, Center Steel, Espaço Smart, Quick House e Imecon, situadas na área de Porto Alegre e Grande Porto Alegre, têm a expertise necessária para liderar esses esforços.
“O segmento também se mobiliza para debater inovações e o futuro da construção no 7º Congresso Latino-Americano de Steel Frame e Construção Industrializada, previso para acontecer nos dias 24 e 25 de outubro de 2024”.
Alex Pandini
Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político.
Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.