Os cuidados com a saúde na hora de alugar casas de veraneio

Alex Pandini

Foto: divulgação Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.

A chegada das férias aumenta a procura por hospedagens na região litorânea e casas de veraneio. O mercado imobiliário estima que a ocupação aumente as locações por temporada entre 20% a 70%, dependendo da cidade. Também no interior se verifica um aumento na procura por casas e chalés.

 

Mas o blog hoje não trata especificamente das estatísticas sobre os negócios de aluguel na temporada do verão. Vão aqui algumas dicas importantes na hora de alugar um imóvel para veraneio, relativas à saúde, especialmente das crianças. A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia é quem faz o alerta, acerca do risco de alergias. De acordo com a entidade, a rinite alérgica, que desencadeia sinusites e outros processo inflamatórios mais graves, atinge 400 milhões de pessoas em todo o mundo.

 

GATILHOS

Algumas condições dos ambientes internos de imóveis, associadas ao clima úmido, podem afetar a saúde respiratória e desencadear alergias. A mais comum é rinite alérgica, uma irritação na parte interna do nariz que gera desconfortos como congestão nasal (nariz entupido), coceira, espirros, coriza (gotejamento de secreção clara pelo nariz), entre outros.

 

O período de chuvas típico do verão e a alta umidade característica das praias favorecem a proliferação de fungos e bolor em espaços sem exposição direta ao sol. Mofo e ácaros costumam dominar ambientes que ficaram fechados por um longo período, como casas e apartamentos de veraneio, por exemplo.

 

Além disso, no verão, há maior uso de ventiladores e a permanência em ambientes climatizados que nem sempre estão com a higienização adequada. O ventilador pode levantar partículas de poeira do espaço que não está bem limpo e o ar-condicionado com filtros sujos vão espalhar os microorganismos que irritam o nariz. Além disso, a temperatura muito baixa desse equipamento também pode ressecar as vias aéreas, estimulando o aparecimento da rinite alérgica.

 

O QUE É

O coordenador do Departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Eduardo Baptistella, explica como podem surgir os quadros de rinite alérgica. “O nariz é a porta de entrada do ar e substâncias que estão contidas nele. Ele tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer esse ar que chega aos pulmões. Durante todo o processo, a mucosa nasal (revestimento interno das cavidades nasais) pode inflamar, reagindo ao contato com algum alérgeno, como ácaros, poeira, fungos, causando a rinite alérgica”, detalha o otorrinolaringologista.

 

COMO PREVENIR

É fundamental que toda a população, principalmente os grupos considerados vulneráveis, como idosos e crianças, adote medidas de prevenção no controle do ambiente. Não entrar em contato com fatores que desencadeiam a rinite alérgica, como os ácaros, poeira, fumaça, fungos e pólen, é o principal cuidado.

 

“A recomendação é permanecer em ambientes limpos e arejados, com boa iluminação solar e em zonas não poluídas. No caso de viagens neste período de férias, a pessoa alérgica deve evitar entrar em residências que estejam fechadas há muito tempo, antes de uma boa limpeza e de arejá-la.” informa Baptistella.

 

O especialista também orienta que “em casa, os aparelhos de ar-condicionado e ventiladores devem receber manutenção e higienização com frequência. Na rotina da limpeza doméstica, deve-se evitar usar vassouras e espanadores, pois elas acabam espalhando as partículas de pó. O ideal é usar um pano úmido para recolher a sujeira”. O imóvel também tem que ter uma ventilação adequada, para que haja circulação de ar fresco pelos cômodos.

 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.