Os drones na construção civil
Os drones têm sido cada vez mais utilizados na construção civil. Afinal, a tecnologia é aliada do setor para diversas razões. Assim, justamente amparadas por inovações tecnológicas, que as construtoras de todo o Brasil buscam soluções pro dia a dia das obras. Soluções que contribuam tanto para a segurança dos trabalhadores do setor, quanto para o aumento da produtividade.
A engenheira Marcia Ribeiro Martins, que responde pelas construtoras tajconstrutora.empreendimentos e A&M construtora e serviços imobiliários já utiliza o drone para os negócios.
“Busquei a tecnologia visando à entrega aos clientes de um serviço de maior qualidade. Bem como clareza com relação as patologias – trincas, rachadas, infiltrações e tantas outras – existentes nas edificações”, destacou Marcia.
Os drones
Nesse contexto, os drones substituem métodos tradicionais, tanto nos conteiros de obras, quanto em análises e vistorias. As aeronaves remotamente pilotadas permitem o monitoramento de todas as fases da construção. E, após a finalização da obra, profissionais podem utilizá-los para a vigilância patrimonial e inspeções de manutenção.
O setor da construção civil requisita cada vez mais o drone. No Espírito Santo, o maior número de contratantes é de construtoras e imobiliárias, em busca das melhores imagens para divulgar seus empreendimentos.
“Temos muita demanda para mostrar a localização de condomínios, referenciar a proximidade com áreas comerciais e/ou praias, região de montanhas, parques”, destaca Jackson Gonçalves, CEO da Kaptar Multimídia.
Vistorias
Mas, ele garante que a busca pelo serviço vai muito além. ‘temos tido uma procura crescente para a utilização de drones em vistorias estruturais. O aparelho facilita bastante a identificação de problemas, como fissuras, por exemplo”, complementa. Assim, reduz as horas de trabalho e otimiza a captação e produção de dados.
A engenheira Marcia Martins explicou que o laudo técnico é composto por relatórios das patologias e de relatório fotográfico. E isso era uns dos desafios a serem vencidos.
Nesse contexto, o uso de drones tem tornado as inspeções em estruturas prediais, fachadas e coberturas, para diagnosticar problemas construtivos mais fáceis. “Pois a elaboração de perícias e laudos técnicos de engenharia depende dessas informações que em sua maioria estão em locais de difícil acesso e visualização.
“Com esse serviço, podemos acompanhar a filmagem e verificar o mapeamento dessas patologias de diversos ângulos. Da mesma forma, analisamos, marcamos e classificamos as patologias revendo a filmagem feita pelo drone”, enumera a engenheira.
Jackson destaca que, apesar do crescimento da demanda, poucas empresas entenderam as vantagens do drone. “Há ainda bastante delas que não percebem a economia de tempo e dinheiro que os drones podem agregar aos negócios”, apontou o profissional.
Por fim, ele apontou que existe muito desconhecimento sobre a tecnologia. “E isso traz riscos pelo uso indevido e até mesmo criminoso dos drones”, alertou.
Mercado de drones
A Association for Unmanned Vehicle Systems International (AUVSI) estima que o setor de aeronaves não-tripuladas movimentará, somente nos Estados Unidos, cerca de US$ 82 bilhões, gerando, até 2025, 100 mil novos postos de trabalho no mercado norte-americano.
Em fevereiro deste ano, O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) divulgou o quantitativo de voos de drones por área de jurisdição dos órgãos regionais desde 2016, ano em que foi criado o Sistema para Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas (Sarpas).
A região Sudeste, mesmo sendo a menor em extensão territorial, concentrou aproximadamente 290 mil operações. Enquanto a região Norte teve o menor índice, somando cerca de 52 mil voos. O ano de 2022 foi o de maior demanda, somando mais de 310 mil operações não tripuladas, o que demonstra o desenvolvimento acelerado desse novo modal aéreo. Para se ter ainda mais ideia do crescimento dessa demanda, em 2017, o número de pedidos de voo foi de 19 mil.
Voo regulamentado
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é responsável pela regulamentação sobre a utilização de drones em todo território nacion al. E, no Brasil, os operadores de drones são diretamente responsáveis pela utilização correta das aeronaves. Portando cabe a eles a obrigação de registrar os drones e os responsáveis no sistema da Anac.
Ainda é necessário solicitar a liberação, para cada voo, no sistema do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e portar um seguro de responsabilidade civil obrigatório, o RETA.
Não há exigência de treinamento oficial pelos órgãos reguladores do setor para pilotar um drone. Porém, a capacitação profissional para atuar com o equipamento é fundamental para evitar acidentes.
No último dia 03 de julho, entrou em vigor as novas regtas para uso de drones. Quer saber mais sobre elas? Confira aqui