Segundo levantamento o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais de São Paulo (Secovi/SP), nos últimos três anos, imóveis com até 45m² corresponderam a 65% dos lançamentos na capital paulista. A Pesquisa de Mercado Imobiliário (PMI), divulgada pelo órgão em dezembro do ano passado, aponta que entre janeiro e novembro de 2023 foram lançados 47,1 mil apartamentos compactos, enquanto em 2020, 28,5 mil unidades.

 

A arquiteta e designer Cris Paola, ouvida pela equipe da FEICON – maior feira da América Latina do setor de construção civil, que vai ocorrer em abril em São Paulo -, afirma que os imóveis com áreas menores exigem soluções criativas. “Ao projetar, um desafio é garantir a privacidade dos ambientes quando estão se alternando no mesmo lugar. Os móveis, além de serem funcionais e confortáveis, precisam ser esteticamente bonitos. Além disso, é preciso desenvolver soluções de armazenamento que sejam eficientes e mantenham a organização, sem comprometer o design e a sensação de percepção do espaço”.

 

Nestes casos, a especialista destaca que, atualmente, os profissionais contam com uma série de recursos para aperfeiçoar a estética e a utilização dos apartamentos. “A arquitetura cria espaços otimizados e multifuncionais. Hoje, a parte de marcenaria faz milagres e a tecnologia associada permite que quartos sejam embutidos ou acoplados em paredes e tetos, escritórios atrás de um armário ou sala que vira ilha e cozinha. São mobiliários flexíveis, ou seja, móveis modulados e multifuncionais sendo utilizados para a atividade adequada a cada momento”, explica Cris.

 

A adequação do ambiente está relacionada à integração da estética  ao funcional, uma das atribuições de profissionais da arquitetura, segundo a especialista. “É o que almejamos em um espaço que habitamos. O resultado do trabalho tem que ter elementos que representam o desejo do cliente, cores, revestimentos e estilos, de uma maneira estética e assertiva definida, sendo sempre funcional”, acrescenta.

 

Um estudo sobre microapartamentos – imóveis com até 35 m² – realizado pela imobiliária digital Quinto Andar e divulgado em 2023 aponta o formato como tendência nas metrópoles do país, e mostra que o principal público são pessoas de 21 a 39 anos que moram sozinhas. A escolha está atrelada a fatores como independência, proximidade com o trabalho e fácil acesso ao transporte público.

 

(com informações feicon.com.br)