Presidente da Ademi/ES fala dos 45 anos da entidade
No último dia 9, a Associação Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi/ES), completou 45 anos de existência. Entre as ações em comemoração, no dia 23 de maio a entidade vai realizar uma confraternização entre os diretores e associados, por adesão, no Barlavento, na orla de Camburi.
A Ademi-ES uma sociedade civil sem fins lucrativos, que objetiva congregar toda a cadeia do mercado imobiliário capixaba. Abarca, portanto, loteadoras, escritórios de arquitetura, incorporadoras, imobiliárias de venda e locação, administradoras de condomínio, escritórios de advocacia, correspondentes bancários e parceiros afins.
Entre as diversas atividades que desenvolve, a Ademi/ES promove estudos e serviços dirigidos para seus associados, atua na defesa dos interesses legítimos do ecossistema que a compõe e busca soluções para os desafios de cada segmento. Além disso, a entidade é um combustível que estimula o desenvolvimento pessoal, profissional e empresarial, por meio de capacitações e troca de experiências.
VISÃO DE FUTURO
O presidente da Ademi/ES, Eduardo Fontes, destacou o fomento ao mercado imobiliário e a resiliência da entidade, movida de forma colaborativa, e que segue na missão de ser o braço do mercado imobiliário capixaba na cadeia produtiva da construção civil.
Eduardo Fontes lembra a importância da visão do grupo de empresários que na época, há 45 anos atrás, eram associados ao Sinduscon (Sindicato da Construção Civil), e tiveram a ideia de criar uma associação que atuasse com foco exclusivo em fomentar e fortalecer o mercado imobiliário.
Era chegado o momento de se aprofundar e buscar uma maior abrangência junto as corretoras, administradoras de condomínio e demais segmentos do mercado. “Essa visão permitiu a criação da Ademi/ES e o desenvolvimento de um planejamento para o futuro. Acredito que foi um movimento oportuno e natural dentro de um mercado que mostrava cada vez mais potencial”.
O presidente lembra também dos colaboradores, associados, diretores, presidentes e vice-presidentes, todos que fazem ou já fizeram a diferença no âmbito da entidade. “São as pessoas que fazem tudo acontecer, sua dedicação e seu empenho, sua resiliência em superar os obstáculos na busca por oferecer um serviço de excelência, uma estrutura que possa de fato ter relevância dentro desse mercado, e dia após dia essa meta vem sendo cumprida, desde os que nos precederam até hoje, por todos que estão ativamente engajados nesse trabalho, que é árduo e contínuo”, diz.
Eduardo destaca que, mesmo sendo uma entidade colaborativa, todos que participam da Ademi estão comprometidos com os resultados e dessa forma as atividades vão se tornando possíveis. “Seguimos fomentando o Mercado Imobiliário com nossas ações, palestras, atividades educativas, representações junto ao Poder Público é à iniciativa privada, com a resiliência para nos mantermos ativos no mercado”, diz. Entre as palestras, a entidade busca sempre se atualizar, e ultimamente tem trazido temas como Inteligência Artificial e automação de fluxos de trabalho, novas plataformas que já fazem parte da rotina de alguns dos profissionais do setor, mas que precisam ser difundidas entre os demais.
MERCADO
Fontes também falou sobre o mercado imobiliário capixaba. Ele diz que o mercado imobiliário, de modo geral, tem como característica “um ciclo longo, ou seja, o que se desenvolve em termos de mercado hoje vai ter reflexo lá na frente. O Espírito Santo é economicamente acima da média nacional há um tempo. Isso é um fator que influencia positivamente. Além disso, houve a mudança de comportamento das pessoas com a pandemia, e junto com isso uma oferta de crédito abundante. O consumidor passou a não apenas investir, mas querer morar de uma forma melhor”. Essa análise sucinta resume a opinião dele sobre o boom vivido a partir de 2020 no mercado, além de uma característica territorial em Vitória e Vila Velha. “Vitória é uma ilha, com poucos terrenos ainda disponíveis, e Vila Velha, apesar de ter um território grande, possui muitas áreas de preservação, o que valoriza o metro quadrado, então isso também contribui para que hoje estejamos entre os primeiros do ranking em valorização”, diz.
PROJEÇÕES
Sobre o futuro, o presidente da Ademi/ES se mostra otimista, mas com um pé na realidade. Acredita que as coisas “vão continuar boas, mas de forma menos acentuada como nos anos da pandemia, tanto porque as linhas de crédito não serão tão facilitadas, quanto pelo movimento natural do mercado após uma subida mais vertiginosa”. Ele aposta na capacidade do mercado entender e ofertar soluções que vão ao encontro das necessidades de cada nicho para se manter em crescimento. “O mercado imobiliário capixaba está muito sólido, muito maduro também, ofertando produtos excelentes para públicos variados. Para além das áreas centrais e mais valorizadas existem produtos muito bons, com boas áreas de lazer, em lugares cujas distâncias não são longas dos centros econômicos, vão surgindo cada vez mais edifícios inteligentes e com sistema de segurança avançado, enfim, esse dinamismo é importante para manter o mercado aquecido”, analisa.
POTENCIAL NO INTERIOR
Eduardo também destaca que o mercado vai além da Grande Vitória e da oferta de apartamentos. “A cadeia de produção imobiliária está muito extensa, loteamentos espalhados pelo estado inteiro, veja por exemplo Linhares, com loteamentos muito interessantes, Aracruz, que tem um potencial enorme… são locais com boa infraestrutura urbana, e é isso que eu gosto de salientar, porque é ofertar essa qualidade de moradia que permite tirar pessoas muitas vezes de uma área de risco, de uma moradia precária, para morar com dignidade, com terrenos com valores a partir de 90 mil, 100 mil reais em muitos casos. É importante para o mercado imobiliário ter essa valorização na capital, em Vila Velha, na Serra, mas é também fundamental a expansão e a oferta de terrenos, casas, apartamentos de qualidade para mais bairros na Grande Vitória e para mais cidades no interior”, afirma.