Quando a arquitetura vira arte e estilo de vida
O minimalismo, mais do que uma corrente de trabalho dentro da arquitetura e decoração, é um conceito que vai além e se configura em um estilo de vida. É de fato um modo de viver com regras e uma filosofia própria. E é justamente por isso que quem se identifica com essa vertente adota o minimalismo não só na ambientação da casa ou apartamento, mas absorve esse estilo em áreas de suas vidas.
A arquitetura minimalista tem como grande influência o arquiteto alemão Mies Van Der Rohe. De acordo com a pesquisadora Gabriela Calveti Ulema Ribeiro, em seu artigo “Arquitetura Minimalista, o Estilo do Século”, Rohe resumiu à perfeição a linha de pensamento que permeia o minimalismo quando cunhou a célebre frase (e que poucos sabem ser de sua autoria) que traduz toda a ideia em torno do estilo: “menos é mais”. É dele também outra frase bastante usada os meios intelectuais: “Deus está nos detalhes”.
Mies Van Der Rohe deixou a marca de uma arquitetura que prima pelo racionalismo, pela utilização de uma geometria clara e pela sofisticação. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais modernos, como o aço industrial e o vidro para definir os espaços interiores, e a aparência exterior de suas obras. Concebeu espaços austeros, mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo, em meados do século 20.
A inspiração no minimalismo foi ganhando espaço dentro do modernismo a ponto de atingir estilos de vida e uma postura comportamental que passou a criticar o consumismo e o acúmulo. Sob o ponto de vista minimalista, os ornamentos foram praticamente abolidos. Em síntese, é um estilo que conquistou destaque e exerce uma das maiores influências deste século.
A arquitetura minimalista tem como característica principal as formas geométricas, a exemplo do cubismo. Esse é um atributo que não aparece apenas na arquitetura, mas também em todas as outras artes do estilo. O pilar fundamental do minimalismo é a organização. Os adeptos desse estilo estão sempre buscando a maneira mais simples e funcional de lidar com os diversos aspectos da vida.
Dessa forma, a casa minimalista é planejada pensando em flexibilidade. Cada cômodo é estruturado para aproveitar todos os espaços com inteligência. Tudo precisa ter como objetivo a economia. Um dos aspectos em que essa característica mais se sobressai é o aproveitamento da iluminação natural. E qualquer elemento que fique visível, mas que não tenha função, deve ser descartado. Isso faz com que a limpeza do ambiente fique mais fácil e rápida.
O desapego em relação aos excessos resulta em espaços bastante funcionais e com aparências leves. Eliminar a poluição visual e manter a organização traz o sentimento de liberdade e cria ambientes livres de distrações, ótimos para quem trabalha em casa e quer ser mais produtivo.
A arquitetura minimalista surgiu neste contexto. No geral, o seu estilo se resume a uma mistura das arquiteturas japonesa e escandinava, que priorizam linhas sóbrias e ambientes com foco nos detalhes. Neste estilo, prioriza-se o espaço como um uma extensão do estado de espírito. Ou seja, os ambientes não podem ser carregados. Neles, temos acesso apenas ao necessário.
(com informações da Wikipédia, Arbo Imóveis e Gabriela Ulveti Ulema Ribeiro – Universidade de Várzea Grande)
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