Quarto do bebê: fuja de 7 erros comuns
Preparar o quarto do bebê é sempre uma aventura. Afinal, esse planejamento é acompanhado por muitas expectativas… e isso inclui a temática da decoração, a aquisição do mobiliário e a disposição do layout. Portanto, atributos que garantem o conforto do bebê desde o primeiro dia em casa, depois passando pelo processo de adaptação. Assim, até chegar à efetivação como cantinho de acolhimento da criança por grande parte do tempo em seus primeiros meses (e anos) de vida.
E com o coração ansioso, alguns equívocos podem acontecer. “Esse ímpeto incontrolável de deixar tudo tão lindo e perfeito pode atropelar questões fundamentais relacionadas à segurança do bebê. Nessas escolhas, precisamos avaliar a funcionalidade e o local onde será disposto”, destaca a arquiteta e mãe Patricia Miranda, responsável pelo escritório Raízes Arquitetos.
Experiente, ela destaca os 7 erros comuns que devem ser evitados. Bem como traz soluções práticas para facilitar o dia a dia familiar.
Quarto do bebê – a segurança
O erro mais grave é deixar a segurança em segundo plano. No afã de proporcionar o melhor e mais belo, é comum que papais e mamães escolham os móveis que agradam ao olhar, mas podem negligenciar a segurança no quarto.
Por isso, Miranda enfatiza que é fundamental garantir que todos os móveis e equipamentos atendam aos padrões de proteção. “Como berços com grades adequadas, móveis estáveis e sem riscos de queda, além de detalhes como a proteção das tomadas”, exemplifica.
No quarto da bebê, a arquiteta certificou-se de que todos os elementos estavam devidamente qualificados para a seguridade.
Para o berço, ela optou pelo tradicional uso de formas arredondadas. Além disso, investiu no uso de formas geométricas ortogonais no ambiente. Por exemplo, a régua de parede que, mais para frente acompanhará a evolução do seu crescimento.
Exagero
O amor que não cabe no peito move os pais na tentação de comprar todos os móveis e acessórios disponíveis para o quarto do bebê. No entanto, o excesso torna o ambiente abarrotado e impede os movimentos.
“Gosto sempre de priorizar a decisão pelos itens essenciais e evitar a sobrecarga. É muito comum que, ao comprar em demasia, pouco tempo depois, mamães e papais comprovem a irrelevância daquilo que julgaram essenciais”, afirma Patrícia.
A empreendedora Ana Clara Nunes confessa que caiu nesse erro ao engravidar pela primeira vez.
“Queria comprar tudo o que via pela frente. Marido, mãe, sogra, amigas, todo mundo me alertou que estava demais. Mas eu ainda ficava brava”, conta Ana.
Os conselhos só foram ouvidos, quando a pequena Maria chegou. “Quase que não conseguia entrar no quarto (risos). Em um mês, já tinha tirado três peças de lá”, conta.
Um quartinho mais livre deve ser uma característica desejada pelos pais durante a elaboração do projeto. “Nesse quartinho, a disposição da cômoda, poltrona de amamentação e berço resultaram em um miolo central que descomplica o ir e vir para os cuidados recentes com a bebê”, explica a arquiteta Patrícia Miranda.
Má iluminação
Um projeto de iluminação inadequado não afeta apenas a realização das atividades diárias. Mas, também, a qualidade do sono do bebê. Sim, a luz afeta diretamente a produção de hormônios no organismo, principalmente o hormônio do sono, a melatonina, e o hormônio do bem-estar, a serotonina.
Para quartos, o indicado é sempre preferir uma iluminação mais suave, com luzes amareladas ou rosadas. Afinal, elas estimulam a produção de serotonina e ajudam a relaxar. Evite luzes brancas ou azuladas, que podem inibir a produção de melatonina e prejudicar o sono.
“Sempre procuro elaborar uma combinação de luzes suaves para atender as diferentes necessidades. As fontes mais brilhantes e diretas causam desconforto aos pequenos”, orienta Patricia.
Uma dica bem legal é inserir uma iluminação mais leve, com regulagem de intensidade, sobre a cadeira de amamentação. Com esse recurso, a mamãe pode escolher a melhor luz para ela e a criança, especialmente nas “mamadas” noturnas, como na produção ao lado, feita por Debbie Apsan.
Prateleiras esquecidas
A instalação nas paredes torna a dinâmica dos cuidados muito funcional, além de enriquecedor para o desenvolvimento da criança durante suas fases de crescimento.
Com sua multifuncionalidade, as prateleiras são bem-vindas para receber os itens para o cuidado infantil, bem como para estimular o seu desenvolvimento.
“As prateleiras em salvaram com minhas três filhas”. garante Ana Clara. Quando as meninas eram ainda bebê, a empreendedora as usava para alguns produtos do dia a dia e mesmo pacotes de fraldas. Depois, as mesmas prateleiras foram ocupadas por livros e brinquedos. “E persistiram por anos na mesma parede, firmes, fortes e úteis”, brinca Ana.
“Facilita o acesso, é um estímulo à exploração da leitura, o desenvolvimento motor, a organização e a criação de um ambiente acolhedor”, enumera a arquiteta Patrícia Miranda.
Falta de organização e armazenamento suficiente
Na rotina de uma criança em seus primeiros meses de vida, a organização é elevada a um grau superior de importância. Sem espaço suficiente para acomodar as roupinhas, fraldas e outros itens essenciais, o quarto pode se tornar desorganizado rapidamente.
“Durante a realização do projeto, nosso olhar precisa contribuir para selecionar o mobiliário que ajudará, efetivamente, a deixar o quartinho sempre em ordem”, diz a arquiteta.
Em um de seus projetos, ela trabalhou com a instalação de um guarda-roupa, além da inclusão de uma cômoda, que já pertencia à família. E que também funciona de trocador em sua base.
Outra opção bem funcional e que ainda garante charme ao ambiente é a utilização de ganchos estilizados na parede, como os que foram produzidos por Fernando Jaeger para este projeto.
Cores e disposição do mobiliário
Da mesma foram que a iluminação, as cores e a decoração do quarto afetam diretamente no humor e o sono do bebê. Então, evite cores muito vibrantes ou escuras.
No entanto, utilizar cores mais intensas não é proibido. Desde que essa utilização resulte em uma atmosfera mais alegre. “O caminho é buscar por uma paleta mais suave e relaxante”, relata a profissional.
No décor, Patricia sugere que as disposições dos móveis sejam dispostas de forma a contribuir para as atividades diárias. “Os móveis são projetados com o objetivo de simplificar o dia a dia dos pais, oferecendo praticidade, conforto, durabilidade e facilidade de uso e limpeza”, explica.
Esquecer o futuro
O sétimo dos erros mais comuns é esquecer que o bebê cresce muito rapidamente e suas necessidades mudam. Portanto, Patrícia destaca que o planejamento do quarto precisa levar em consideração as próximas etapas da vida da criança. Assim, uma super dica é incluir móveis ajustáveis e uma decoração que possa ser adaptada à medida que o bebê se desenvolve.
“A prevenção desses erros auxilia no desejo de criar um ambiente seguro, funcional e acolhedor para o bebê, atendendo às suas necessidades”, finaliza a arquiteta Patricia Miranda.