Empresas que atuam no Espírito Santo prometem marcar época na construção civil capixaba e têm inovado juntas para impulsionar o mercado imobiliário no estado. Em Vitória, ArcelorMittal, Nazca e Abaurre desenvolveram o complexo Reserva Vitória, enquanto na Serra, cidade mais populosa do Espírito Santo, Fortes Engenharia, Apex e Nós Arq+Eng investiram R$118 milhões para desenvolver o condomínio logístico Apex Log.

 

As empresas integram a comunidade Base27 e vão apresentar seus cases de sucesso na primeira edição do evento Base Conecta, na próxima quarta (28), às 16h, na sede do Base 27, o maior hub do Espírito Santo. Pollyana Rosa, head de inovação do Base27, acredita que os cases são exemplos de como as práticas inovadoras e a colaboração entre as empresas estão trazendo resultados e transformando o mercado. “A forma como os processos são executados na cadeia da engenharia e construção ainda é a mesma de décadas atrás. As nossas empresas levam a construção civil no ES para um outro patamar, promovendo empreendimentos que utilizam metodologias inovadoras desde o projeto até a obra, e com a consciência de construir de forma sustentável. Esse diferencial já confere a muitas de nossas empresas prêmios e outros reconhecimentos nacionais em práticas inovadoras”, destaca.

 

RESERVA VITÓRIA

Na Enseada do Suá, Abaurre, ArcelorMittal e Nazca protagonizam o Reserva Vitória, com apartamentos de alto padrão com quatro suítes e lazer de resort. O empreendimento é composto por duas torres, Ilha Vitória e Ilha Trindade, cada uma com 62 apartamentos na região mais desejada de Vitória: entre a Curva da Jurema e o Shopping.

 

Entre os diferenciais da obra está a metodologia de construção Stelligence, da ArcelorMittal, que avalia o ciclo de vida de um empreendimento partindo dos pilares economia (custos, velocidade e qualidade de construção), meio ambiente (emissões nocivas, consumo de recursos naturais, eficiência energética e reciclagem) e social (conforto e segurança).

Com isso, mesmo na beira-mar, o aço 100% sustentável aparece como solução para a construção civil, com edificações inovadoras compostas por estrutura metálica. O resultado final vem com flexibilidade arquitetônica, otimização do espaço, maior velocidade e menor curso de produção, impacto ambiental reduzido e conforto térmico e acústico, além da segurança no processo de construção.

 

Alexandre Gama, Gerente de Desenvolvimento de Construção da ArcelorMittal, afirma que optar pela Steligence® é uma oportunidade de otimizar todos os aspectos de um projeto, comparando os principais métodos construtivos do mercado com as soluções best-in-class da ArcelorMittal.

 

“No caso do projeto RESERVA VITÓRIA, utilizamos como referência estudos já realizados com a metodologia Steligence® no qual podemos identificar ganhos em determinados elementos construtivos. Neste caso, foi utilizado o aço como solução industrializada para compor os pergolados do último pavimento, com perfis metálicos apropriados para assumir as formas curvas, bem como alcançar os vãos previstos na arquitetura. Além disso, para garantir a durabilidade da solução proposta, em um ambiente próximo ao mar, com elevada corrosividade, foram especificados procedimentos anticorrosivos por meio de tratamento de superfície e pintura.”

 

O Reserva Vitória trouxe outra inovação para a região: toda a fiação aérea e postes de energia da Curva da Jurema foram retirados e substituídos por um sistema de alimentação de energia subterrânea, com todo o investimento suportado pelos empreendedores.

 

Para Breno Peixoto, CEO da Nazca, as empresas capixabas devem compreender a importância de inovar não só para o futuro, mas já pensando no presente. Ele acredita que o Reserva Vitória é um marco para a construção civil do Espírito Santo.

 

“O Parque Cultural Reserva Vitória proporciona lazer e cultura para os moradores da região , existe um convênio com as escolas públicas para visitar o parque e aprender sobre as obras de arte e os artistas. A região é muito ligada ao esporte e as atividades ao ar livre, ocorreram melhorias nos equipamentos de lazer, no sistema viário, no calçadão e na ciclovia”, ressalta.

 

Para a execução do projeto, houve um convênio com a PMV, no qual a segurança e a conservação são mantidos por uma associação formada pelos prédios e pelo Shopping Vitória. A Nazca, a Apex e a Construtora Abaurre são os empreendedores responsáveis pelo Ilha Vitória e Ilha Trindade. A construção, no entanto, ficou a cargo da Construtora Abaurre, que é hoje a construtora mais antiga em atividade no ES.

 

APEX LOG

Sabendo que a Serra é um local favorável à logística, Apex Partners, Fortes Engenharia e Nós Arq+Eng construíram um centro logístico padrão Triple A no bairro de Pitanga. A previsão de aporte atinge a casa dos R$118 milhões, com certificação internacional e 36 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL).

 

Nomeado de “Apex Log I”, o galpão logístico teve o estudo de mercado realizado pela Apex Partners, enquanto a Fortes Engenharia mostrou o seu extenso histórico com construções de galpões e complexos logísticos, além de prédios industriais como unidades de produção, oficinas, laboratórios e fábricas. Já a Nós Arq+Eng, prestes a completar 10 anos de mercado, tem sete anos de atuação em desenvolvimento de projetos de galpões logísticos, com mais de 300 mil m² de galpões projetados.

 

A primeira fase do desenvolvimento esteve sob o encargo da Apex e foi a concepção e formatação do produto pensando no público-alvo do projeto. Ou seja, altura, fluxo de carga e descarga, acessos e características de terreno para a infraestrutura.

 

Ellen Andrade, Analista de Real Estate da Apex Partners, acredita que as valências de todas as empresas foram vitais para a execução do projeto, sendo no fim um processo de troca para co-criação de soluções inovadoras e geração de valor. “Acreditamos que relacionamento e parceria são as chaves para o sucesso. Investimos um ano em desenvolvimento de projeto, visitas técnicas, pesquisa de mercado e aprimoramento do produto de acordo com padrões internacionais. Com o trabalho de equipes multidisciplinares, conseguimos desenvolver um projeto com soluções de engenharia excelentes”, destaca.

 

Na visão de Ellen, mesmo em meio a um cenário econômico desafiador, os números confirmam previsões positivas para a expansão do setor imobiliário. “Com a expansão do e-commerce em todo território nacional, a necessidade de novas estruturas qualificadas para atendimento a operações desse segmento cresceu exponencialmente, e vislumbramos no Espírito Santo vantagens competitivas relevantes, como localização estratégica, organização, incentivos fiscais, investimentos em infraestrutura e segurança”, relata.

 

A segunda fase, com a Fortes Engenharia, foi voltada à execução com sistemas construtivos: ter melhores resultados e soluções com o menor tempo e custo. Detentora de um programa de inovação chamado “InovaFortes”, a empresa levou a transformação digital para o canteiro de obras com o case SGP+AR que trouxe a digitalização pro canteiro e a utilização de máquina inovadora para espalhamento de concreto com mais qualidade e produtividade da execução do piso de concreto.

 

Bruno Lacerda, Gestor de Projetos de Inovação da Fortes Engenharia destacou que a empresa de construção civil tem 37 anos de mercado e já atuou em diversos segmentos da indústria, inclusive tem “know how” também na construção de grandes galpões.

 

“A Fortes é certificada pelas ISOs 9001, 45001 e 14001 e preza sempre pelo meio ambiente, segurança dos colaboradores e qualidade dos seus contratos. O projeto da construção do APEX LOG entrega o melhor valor para o cliente, dentro dos padrões de qualidade, segurança e meio ambiente”, destaca.

 

Já a Nós Arq+Eng fez o projeto de arquitetura, piso sanitário, parte elétrica, a parte de combate a incêndio, além de infraestrutura com drenagem e terraplanagem. Com uma equipe multidisciplinar, a empresa mantenedora do Base27 faz todos os projetos em metodologia BIM para projeção 3D com as disciplinas de projetos e sistemas integrados para conseguir maiores resultados.

 

Pedro Negreiros, sócio-diretor da Nós Arq+Eng, destacou o planejamento voltado às necessidades dos clientes. “Um dos desafios de você projetar um condomínio logístico é que você não sabe quais vão ser as empresas que irão alugar o espaço. No Apex Log, especificamente, procuramos fazer um galpão bem versátil, que pudesse atender o mar tipo dioe possibilidades, desde empresas próprias de armazenagem até multinacionais que precisam armazenar seus produtos. O empreendimento foi pensado para obter a Certificação LEED – LEED sustentabilidade, pela qual você também acaba atendendo clientes que procuram por essa pegada de sustentabilidade”, ressalta.