O retrofit é uma técnica de revitalização de construções antigas. As edificações sofrem com agentes do tempo. Por conta disso, passam por um processo de reparação ou de adaptação de alguma área de uso comum. Assim, tornam ainda melhor a vida dos moradores de um condomínio, por exemplo.

Retrofit

O retrofit surgiu como uma solução para edifícios abandonados ou em péssimas condições de utilização, preservando o patrimônio e dando vida adequadamente aos antigos espaços. E hoje, se estende a edifícios com mais 10 anos que priorizam a manutenção, modernização e atendimento a legislação vigente, com foco na qualidade de vida e valorização patrimonial. Para isso, devem ser encontradas novas soluções para fachadas, instalações elétricas e hidráulicas, circulação, proteção contra incêndio, e muito mais.

A BF. Arch, das arquitetas Jacque Barros e Ana Forattini, atua com uma equipe multidisciplinar desde o passado. Assim, conta com o apoio de engenheiros, profissionais de vidraçaria, automação, irrigação, fechamento de varanda, energia solar, reutilização de água, mobiliário, material elétrico, entre outros.

“Geralmente, o cliente reclama muito sobre a bagunça, considerando que uma obra demanda tempo e desorganiza a rotina de todos. Com isso, temos um time coeso para evitar esse tipo de situação. O grupo se une para prestar atendimento com parceiros de qualidade, uma vez que queremos atender ao cliente com qualidade e novas tecnologias. É uma forma do cliente confiar e ter mais qualidade no projeto”, explica Jacque Barros.

Fim festejado

A arquiteta Ana Foratini lembra que existem condôminos que desejam comemorar o final da obra, por isso fazem um evento na área de uso comum. Desta forma, o grupo indica até serviços de decoração e buffet. “Eles já pedem indicações e nós agregamos esses profissionais. É uma forma de divulga-los e fazer um pacote completo para o condomínio”, conta.

As sócias também destacam que a buscam sempre levar a inovação ao cliente, seja do projeto à comunicação. “A sinalização interna também precisa de atenção. O cliente tem uma dor e por meio da equipe nós tentamos solucionar. Com o investimento, o cliente tem acessibilidade, economia, investimento inicial que logo se paga. O payback é rápido”, ressalta Jacque.

Solução para o cliente

O diretor da UpHome, empresa especializada no ramo de automação, George Medeiros, atua em parceria com o grupo multidisciplinar formado pelo escritório das arquitetas. Ele costuma realizar serviços de automação residencial, possibilitando maior controle e autonomia aos usuários.

“Para os condomínios, a empresa busca gerar economia, já que não há mais a necessidade de ter uma pessoa fazendo ronda para ver se alguma luz ficou acesa, ou até mesmo quando um usuário sai de um ambiente comum e deixa o ar-condicionado ligado ou as luzes, o sistema desliga sozinho depois de um tempo sem uso”, diz.

Segundo ele, seu trabalho agrega ao retrofit, pois ajuda a ter uma economia e permite que todo o ambiente fique mais valorizado. “Com mais autonomia, os condôminos passam a ter um maior controle com apenas um clique”, afirma.

Retrofit e as novas tecnologias

Novas tecnologias estão cada vez mais em evidência, segundo Jacque Barros. Dentre as novas técnicas de retrofit para fachada, a equipe tem lançado mão da fachada ventilada, que agrega economia de mão de obra e desperdício de material. Além disso, o tempo de obra é mais rápida e bem mais limpa.

No condomínio administrado pela síndica Inara Lima o edifício começaram a surgir diversos problemas de infiltração e queda de revestimento. À princípio, os moradores tentaram com outras empresas a recolocação destas pastilhas, serviços paliativos, mas se certificaram que não era mais possível e começaram a pensar em uma obra de maior porte.

Uma das soluções encontradas pelas arquitetas foi inserir a fachada ventilada. Apenas porque não precisa retirar o material que já existe, caso esteja firme, e por ser afastada da parede, promove conforto térmico.

Inara reforça que o trabalho em conjunto entre projeto e execução é importante para a o resultado do projeto. “Ainda estamos no processo. São muitas etapas, algumas bem desgastantes, inclusive. Sem todo esse planejamento, o que já vivemos anteriormente seria ainda mais doloroso”, finalizou.