Siga o passo a passo para um financiamento imobiliário sem dor de cabeça

Alex Pandini

Foto: Freepik.

 

O financiamento imobiliário, uma ferramenta valiosa para realizar o sonho da casa própria, merece atenção cuidadosa para garantir uma transação bem-sucedida. Esse empréstimo oferecido por instituições financeiras permite que os compradores adquiram seu imóvel de imediato, mesmo sem dispor do valor total no momento da compra. No entanto, a chave para o sucesso reside em evitar erros que possam comprometer a operação. É crucial estar atento aos detalhes e compreender completamente as nuances do financiamento.

 

Ricardo Gava, diretor do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Secovi-ES) e executivo da Gava Crédito Imobiliário, explica sobre os dois tipos principais de financiamento imobiliário disponíveis : com juros pré-fixados e os com juros pós-fixados. “No financiamento com juros pré-fixados a taxa de juros é acordada no início do contrato e permanece constante ao longo de sua vigência, com mais estabilidade e previsibilidade nas parcelas. Em contrapartida, nos financiamentos com juros pós-fixados, a taxa pode variar com o tempo, seguindo um índice previamente estabelecido na hora da assinatura do contrato”, diz.

Ricardo Gava, do Secovi/ES. Foto: divulagação.

 

PONTO DE PARTIDA

Segundo Gabriel Meira, relacionamento dos comitês do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES), para obter um financiamento imobiliário, são necessários alguns pontos que podem facilitar na negociação da taxa e contratação: “Um relacionamento prévio com o banco pode facilitar a aprovação do financiamento e diminuir as taxas do contrato, bem como participar do Cadastro Positivo e o Open Banking; quanto maior a entrada, menor o valor da dívida”.

 

Já Marcel Lima, conselheiro de Conteúdo do Ibef-ES, afirma que é fundamental ficar de olho nas taxas implícitas no contrato, pois elas oneram as parcelas. “Nesse caso, a melhor forma de comparar diferentes propostas é por meio do CET (Custo Efetivo Total), que inclui o juro mais as taxas. O financiamento com menor CET será a alternativa mais barata. Além disso, muitos financiamentos prefixados incluem uma correção do saldo devedor pela taxa TR (Taxa Referencial), que nem sempre é considerada na simulação do valor das parcelas. Então, é importante tomar cuidado com as taxas implícitas e com simulações sem uma expectativa da TR”.

Marcel Lima, conselheiro Ibef/ES. Foto: divulgação.

 

PASSO A PASSO

Simulação de Financiamento: É a hora de realizar uma pesquisa entre as instituições financeiras para encontrar as melhores condições que se adequem ao seu perfil como proponente.

– Aprovação de Crédito: Com toda a documentação necessária em mãos, você passará pelo processo de aprovação definitiva do seu financiamento, assegurando sua capacidade de pagamento.

 

– Avaliação do Imóvel: Uma empresa credenciada pelo banco realizará uma inspeção rigorosa do imóvel, determinando seu valor como garantia para a operação e validando se está em condições de estar habitável.

 

– Análise Jurídica e Conformidade: O banco vai realizar uma análise detalhada de todos os documentos envolvidos na operação, incluindo compradores, vendedores e o próprio imóvel, antes de proceder à assinatura.

 

– Assinatura do Contrato: Uma vez emitido, o contrato de financiamento será apresentado às partes envolvidas, convidando-as a formalizar o compromisso.

 

– Registro: A última etapa exige o registro do imóvel junto às autoridades competentes, incluindo o pagamento à vista de taxas à Prefeitura, ao Cartório e ao Banco. Somente após a conclusão deste processo, o valor do financiamento será creditado ao vendedor.

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.