Construtoras capixabas atentas às demandas sustentáveis

Alex Pandini

Foto: Cashme.com.br

As construtoras capixabas estão atentas às demandas sustentáveis do consumidor, mas também, engajadas em contribuir para a preservação do meio ambiente. Cada vez mais, as empresas têm consciência da relevância do seu papel e se sentem responsáveis ambientalmente.

ÉPURA

Para a engenheira civil da construtora Épura, Rithiely Pereira, desenvolver projetos sustentáveis na obra é essencial para promover a construção de forma ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável. “Trabalhamos com aquisição de materiais certificados e utilizamos práticas sustentáveis, como o uso eficiente de energia e água, o que impacta diretamente minimizando o consumo de recursos naturais, a emissão de poluentes e a geração de resíduos, reduzindo os custos operacionais a longo prazo. Isso inclui a adoção de tecnologias mais eficientes, o reaproveitamento de materiais e a implementação de sistemas de gestão de resíduos”, explica.

 

PROENG

Já a construtora Proeng, criou os selos Proeng Eco e Proeng Tecno com o objetivo de reafirmar o compromisso do Grupo em oferecer produtos ecologicamente corretos e com tecnologias que visam tornar mais fácil e tranquila a vida das pessoas que residem em um imóvel da empresa. O selo Proeng ECO preza pela utilização de materiais que causem menor impacto possível ao meio ambiente, desde os resíduos gerados aos materiais utilizados para a construção de seus edifícios.

 

Ponto de aproveitamento de água Proeng. Foto divulgação.

E com a tecnologia presente em nosso dia a dia, seja na rotina e nas atividades em casa, no trabalho e nos estudos, foi criado o selo Proeng Techno, que engloba itens tecnológicos em seus empreendimentos, capazes de reduzir o consumo de energia, otimizar o tempo e dinamizar a convivência entre os moradores. Entre os itens sustentáveis presentes nos empreendimentos estão painéis solares para aquecimento dos chuveiros; captação de água da chuva e do ar-condicionado e lixeiras para coleta seletiva.

 

MOCELIN

Para a construtora Mocelin, a sustentabilidade se tornou uma preocupação. A empresa tem investido cada vez mais em projetos que reduzem o impacto ambiental e proporcionam mais qualidade de vida aos seus moradores e à cidade onde estão inseridos. É o caso do mais recente lançamento, AIR @225, edifício de alto padrão que será construído na Praia do Canto, na Rua Madeira de Freitas, pertinho da Pedra do Cruzeiro.

 

Air@225 é um exemplo de edifício sustentável. Foto divulgação.

O empreendimento vai usar o sistema construtivo Steel Frame, que reduz a emissão de CO2 em aproximadamente 100 kg por metro quadrado construído, em função de fatores como a otimização do transporte, melhor performance térmica, menor geração de resíduos e menor tempo de obra se comparado aos sistemas construtivos tradicionais. Outro importante investimento sustentável é a certificação Fitwell, que garante que o empreendimento possui foco na saúde e no bem-estar de todos que vão circular por lá, sejam moradores, colaboradores, visitantes ou, até mesmo, pessoas que transitam na região.

 

RS

Também atenta à constante evolução do mercado imobiliário, a RS Construtora fez um investimento no quesito sustentabilidade no empreendimento Balcony Canal Residences, localizado na região do Barro Vermelho, no bairro Santa Luíza.

O empreendimento da RS, Balcony Canal Residences, possui recarga para veículos elétricos nas vagas de garagem. Foto divulgação

 

Confira os itens sustentáveis do empreendimento:

 

Fachada ventilada, proporcionando conforto térmico aos futuros moradores.

Sistema de monitoramento por CFTV entregue instalado e operando.

Infraestrutura para carregamento de veículos elétricos (um ponto por apartamento).

Gerador de energia, entre outros.

 

MZI

Outro exemplo de investimento em sustentabilidade nos projetos residenciais são os empreendimentos da MZI Incorporadora. O último, entregue em Jardim Camburi, é o Uniplace, um edifício moderno e sustentável. A MZI utilizou um bloco especial para execução das paredes da fachada, o chamado “bloco verde”. O diferencial é que oferece um elevado isolamento acústico e conforto térmico muito relevante, traduzindo-se em apartamentos mais frescos, protegidos das variações da temperatura externa e com redução de gastos com consumo de energia por ar-condicionado.

 

KEMP

Com dois empreendimentos localizados na Praia de Itaparica, em Vila Velha, a Kemp Engenharia implementa em seus projetos diversos itens de sustentabilidade. O Ilha de Murano, residencial de 2 e 3 quartos, lançado neste mês, terá local para coleta seletiva de lixo; sensores de presença nos halls de elevadores e escadas; hidrômetro e medidor de gás individual; bacias com caixa acoplada nos banheiros; medidores de água individuais; torneiras com arejadores nos banheiros/cozinhas; reservatórios de água pluvial (água da chuva), que será captada e reservada para uso em lavagem de garagens e rega de jardim; e, ainda, recarga para veículo elétrico.

 

Fachada do Ilha de Murano, que possui diversos itens tecnológicos para garantir mais sustentabilidade. Foto divulgação.

Para a diretora da Kemp, Rubia Zanelato, as ações de sustentabilidade na construção civil são indispensáveis em todos os setores. “Realizar o gerenciamento de resíduos, investir em tecnologias limpas, evitar consumo excessivo de energia e de água são algumas ações fundamentais para diminuir impactos ambientais durante a realização de obras. Com isso, entregamos melhor qualidade de vida aos futuros moradores e às futuras gerações”, enfatiza.

 

Além dos edifícios, as empresas de loteamentos também adotam projetos sustentáveis em seus empreendimentos.

 

VAZ

Um exemplo é a Fazenda Barão do Império, da Vaz Desenvolvimento Imobiliário, localizada em Santa Leopoldina, na região Centro Serrana do Espírito Santo. O empreendimento está integrado a Eco Vaz, uma iniciativa da loteadora focada em criar projetos construídos de forma consciente, com a preservação de áreas verdes e fauna local.

 

Fazenda em Santa Leopoldina, empreendimento da Vaz. Foto divulgação.

Segundo o engenheiro da Vaz Desenvolvimento Imobiliário, Mateus Nardi, a loteadora está totalmente preocupada em conservar o meio ambiente e se compromete em restaurar uma área de aproximadamente 80 mil m² na  fazenda. Para isso, adquiriu mais de 20 mil mudas para plantio.

 

A Fazenda Barão do Império terá cerca de 550 mil m² de área de mata preservada, contará com recuperação e reflorestamento das nascentes, monitoramento dos lagos e educação ambiental dentro do condomínio. Além disso, entre suas normas construtivas, todo comprador de uma das unidades terá que plantar no mínimo duas árvores frutíferas e duas de espécies nativas em cada terreno adquirido, com o prazo de um ano após o início da construção.

 

CBL

Já a Lotes CBL, nos últimos 15 anos plantou cerca de 20 mil mudas, sendo aproximadamente 5.100 mudas nas áreas urbanas das cidades onde atua: Aracruz, Ibiraçu, Linhares, Nova Venécia, Colatina, Serra, Vila Velha, Viana, Fundão (Praia Grande) e Cachoeiro de Itapemirim. São mudas de arborização urbana para melhorar a qualidade climática local, trazendo mais umidade e melhor isolamento térmico.

 

Real Garden, um dos empreendimentos da CBL, localizado em Colatina, no noroeste do estado. Foto divulgação.

 

Além disso, outras 14.100 mudas tiveram como objetivo a recuperação de áreas degradadas. Segundo Thiago Rossoni, coordenador de Legalizações, Projetos e Meio Ambiente da empresa, “é uma ação para recuperar o ecossistema o mais próximo possível à sua condição original”. Dessa forma, a empresa contribuiu para a preservação de nada menos do que 840 mil m² em áreas de Preservação Ambiental (APAs).

 

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.