Sustentabilidade: projeto pioneiro prevê revitalização de nascente
A sustentabilidade na construção civil é um tema cada vez mais indispensável para qualquer empresa do setor. Afinal, as atividades tendem a gerar grande quantidade de resíduos e entulhos nos canteiros de obras. Bem como dependem da extração de matéria-prima e elevado uso de energia elétrica.
Nesse contexto, é preciso conquistar a redução dos impactos e, ao mesmo tempo, a viabilidade econômica. Em outras palavras, o desafio de garantir uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras não é pequeno. Mas o setor tem dado muitos exemplos do quanto isso é possível.
Recentemente lançado no mercado, o projeto Fazenda Barão do Império, em Santa Leopoldina, engloba uma ação pioneira no Espírito Santo em sustentabilidade. Inclui a preservação de áreas verdes e fauna local, com recuperação e reflorestamento das nascentes, monitoramento dos lagos e educação ambiental dentro do condomínio.
Produtividade
O projeto integra o agro, com gastronomia e lazer. Num modelo pioneiro no Brasil, terá uma estrutura produtiva de fazenda, com produtos fabricados ali mesmo para consumo exclusivo dos moradores. Na lista de produção estão geleias com frutas extraídas dos pomares, ovos caipiras, hortifruti, apiário e queijos especiais. Além de lagos para a criação de tilápias.
Localizada na Barra do Mangaraí, a fazenda abriga um casarão histórico, onde nasceu o primeiro governador do Estado, Afonso Cláudio de Freitas Rosa. “O projeto foi inspirado na cultura do interior de países como Itália, Portugal, Espanha e França, onde há uma integração entre a agricultura de pequena escala, gastronomia, lazer e turismo viabilizando negócios e preservando as tradições e costumes locais”, explicou o CEO da Vaz Desenvolvimento, Douglas Vaz, idealizador do projeto.
Ele destaca que quem gosta de um roteiro gastronômico, poderá conferir o restaurante gourmet tematizado, com fogo de chão, fogão à lenha e microcervejaria artesanal. “Os moradores saberão exatamente o que estão comendo, como é plantado e cuidado. Poderão desfrutar de tudo o que a fazenda pode proporcionar”, disse Vaz.
Desenvolvimento econômico
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. O foco é não esgotar os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos. A saber: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Em outras palavras, para ser sustentável, um empreendimento precisa se preocupar com as pessoas, com o meio ambiente, mas também ser viável financeiramente.
E sabemos que o mercado imobiliário é o motor da economia capixaba. Nesse contexto, a construção da Fazenda Barão do Império deve gerar diversos empregos na área. Segundo a loteadora, os investimentos giram em torno de R$ 42 milhões e vão gerar cerca de 240 empregos, diretos e indiretos. “Na fase de implantação vamos gerar oportunidades na construção do condomínio, assim como para o funcionamento da estrutura da fazenda. Vamos priorizar o uso da mão de obra local, contratando profissionais da agricultura, construção civil, projetistas, pedreiros, assistentes de obras, arquitetos, entre outros”, pontua Vaz.
O CEO da empresa informa que as vagas de emprego continuam ativas para a fase de construção das casas, o que deve gerar em torno de 500 empregos diretos, movimentando assim a economia local em comércios, como materiais de construção, lojas de eletrodomésticos, vestiário, padarias e afins. “A intenção também é de aproveitar a mão de obra do povo quilombola, presente na região de Santa Leopoldina”, revelou Vaz.
Quem gostou da iniciativa foi a dona de casa Márcia Vervloet, que já vê para o filho a oportunidade de ter um emprego na construção civil. “Aqui nós trabalhamos na lavoura, mas não queremos o mesmo para o nosso filho. Queremos que ele conquiste uma vaga de emprego, pois ele precisa estudar e ter um futuro brilhante. Mas se ele tiver essa oportunidade, com certeza, vai ajudar nos estudos dele e vai melhorar a condição de vida de muitas pessoas que a gente conhece”, comentou Márcia.
*Por Letícia Vieira, Aline Pagotto e Luciene Araújo