Jun 2021
15
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

Jun 2021
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Luan Sperandio
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porLuan Sperandio

O que foi considerado pelo BTG?

Desde a última reunião do Copom no dia 5 de maio, as expectativas do IPCA em 2021 continuaram  ascendentes, de 5,05% em direção à 5,44%. Por isso,espera-se que o ciclo de elevação de juros seja mais intenso, motivando a revisão nas projeções da equipe de research do banco.

Além do ciclo de alta das commodities e a desvalorização do real, a recuperação econômica e as expectativas do PIB brasileiro foram outros fatores adicionados na análise, dada a trajetória dos últimos 45 dias e o resultado trimestral lançado na semana retrasada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ambiente de atividade mais forte que o esperado tem antecipado as projeções de fechamento do hiato do produto do primeiro trimestre de 2023 para o segundo trimestre de 2022. Vale lembrar que o hiato do produto representa a diferença entre o PIB potencial da economia e o PIB nominal, ou seja, o “realizado”. Assim, como consequência, há espaço para repasse de preços do atacado até o consumidor final.

Nesse sentido, esses fatores podem pressionar os preços tanto no segundo semestre de 2021 quanto ao longo de 2022. Portanto, a fim de evitar que o IPCA do próximo ano não ultrapasse a meta de inflação, o Banco Central levará em consideração essas informações para fazer seus ajustes.

O que esperar em 2021?

A partir dessas atualizações, o BTG, bem como boa parte do mercado, acredita que a Selic deve ser reajustada em 0,75% e anunciar uma nova alta na mesma proporção para a reunião de agosto, uma vez que as expectativas apontam para a continuidade do ciclo de alta dos juros.

Por fim, vale ressaltar que há um fator de risco político a ser considerado, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) deve votar, entre os dias 18 e 25 de junho, a autonomia do BC. Caso a corte contrarie a decisão do Congresso Nacional, novas expectativas de juros e inflação devem ser apresentadas nos próximos meses.

Em suma, com inflação em alta, retomada econômica mais forte e risco político logo à frente, o BC deve se antecipar e adotar um tom mais duro no comunicado desta quarta-feira (16).

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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