Autonomia do Banco Central é remédio para populismo, mas STF pode julgá-la inconstitucional
Estar atento aos movimentos do mercado é fundamental para o crescimento dos negócios. E, com o intuito de ampliar o seu campo de atuação, o BNDES acaba de lançar uma plataforma digital, que também está sendo chamada de “Tinder do BNDES”, por ter como proposta facilitar o acesso entre associados qualificados e investimentos.
Esse hub digital lista projetos de concessões e privatizações, com informações bem detalhadas para quem estiver interessado nas iniciativas. A estratégia é marcada pela comunicação instantânea e pelo acesso global, ou seja, qualquer investidor do mundo passará a ter acesso facilitado aos projetos de infraestrutura que estão precisando de captação aqui no Brasil. Com o aumento de disponibilidade desta oferta, se diminuem as chamadas “assimetrias de informação” em relação a esses projetos, aumentando as chances de captação e execução desses projetos.
Até o momento são 120 projetos que vão representar juntos cerca de R$ 260 bilhões em investimentos. A expectativa é chegar a R$ 300 bilhões até o próximo ano.
Contudo, para chegar aos valores esperados, é essencial a continuidade da responsabilidade fiscal.
Antes da aprovação da regra do teto de gastos, em 2016, a taxa Selic estava em 14,25%, refletindo o desequilíbrio fiscal ocorrido até então. A partir desse controle e de maior previsibilidade das despesas públicas, os juros caíram, tornando investimentos em longo prazo, como em projetos de infraestrutura, mais atrativos.
Dentro desse contexto, a segurança jurídica também deve ser destacada, já que ajuda a ampliar a atratividade de projetos dentro desse hub de concessões. Nesse sentido, tivemos diversas agendas de reformas tramitando e evoluindo nos últimos anos. Entre elas, o marco do saneamento básico, que tem projetos de concessões do saneamento dentro desse hub digital do BNDES.
A partir do momento que se tem iniciativas como essa do BNDES, de disponibilizar esses projetos para capital privado – uma lógica completamente diferente do que vimos na década passada – de protagonismo de investimento do setor público, temos expectativas de que esses projetos sejam viabilizados mais rapidamente, para que a gente possa ter um país com infraestrutura mais adequada para nossos desafios”, finalizou.
Quanto mais o mercado de capitais e o setor privado puder se envolver na economia do país, maiores e mais rápida será a retomada econômica.
Sobre o hub do BNDES, falei mais sobre ele no podcast do Instituto Millenium, um dos maiores think tanks do país.
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