Felipe Castanhari e o Imposto sobre Grandes Fortunas: por que não é boa ideia?
A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,87% em agosto, puxada pelo aumento do preço da gasolina. Já a inflação acumulada em 12 meses chegou a 9,68%, a mais alta desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%. No ano, o IPCA acumula alta de 5,67%, acima da média do Banco Central.
Contudo, os números para os capixabas são ainda mais preocupantes. Em agosto, a inflação na Região Metropolitana da Grande Vitória registrou aumento de 1,30%!
Os principais itens que subiram de preço no país neste ano foi Habitação (4,15%), influenciada especialmente pelo reajuste tarifário decorrente da crise hídrica. Ele foi de 9,60% da energia elétrica na RMGV e da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que cobra R$ 9,49 adicionais a cada 100 kWh consumidos.
Além disso, também houve aumento considerável no grupo de Transportes (1,21%), endossado pelo aumento de combustíveis, sendo 2,79% apenas da gasolina. Vestuário (1,79%), Artigos de residência (+1,29%), Educação (+0,56%) e Despesas pessoais (+0,17%) também subiram.
Já a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA na Região da Grande Vitória foi de 11,07%, ante +9,68%, sendo a sexta maior variação em uma amostra das dezesseis principais capitais do país. Nessa base de comparação, os maiores aumentos de preços ocorreram nos grupos Transportes (18,06%), Habitação (14,91%), Alimentação e bebidas (14,17%) e Artigos de residência (13,21%) e Educação (12,71%).
A cidade com maior peso da inflação do país nos últimos 12 meses é Curitiba (PR), com 12,08%, seguida de Rio Branco (AC), com 11,97% e Campo Grande (MS), com 11,26%.
Além da população mais vulnerável economicamente sentir mais o peso da inflação, há ainda um fator agravante: essa parcela da população está menos inserida em ativos do mercado financeiro, isto é, a parcela que possui economias, acaba alocando em produtos cujo rendimento está perdendo para a inflação.
Entre eles, a poupança, opção preferida entre os brasileiros, mas que tem amargado rendimentos inferiores ao da inflação em todo o último ano. Isto é, investir é, justamente, para preservação o patrimônio já conquistado, evitando que ele perca para a inflação.
A banker de Wealth Management na APX Invest e colunista de Finanças de A a Z Ana Porto explica que entre as opções para preservar o poder de compra, há produtos atrelados a própria inflação. “Há opções de debentures, Títulos do Tesouro NTN-B ou mesmo CDB indexados à inflação. Esses produtos remuneram seus investimentos corrigindo IPCA (índice que mede a inflação) e adicionando um percentual fixo”, diz.
Isso significa que há produtos de renda fixa que remuneram o IPCA mais um premium. “Vale lembrar que são produtos de renda fixa, não trazendo grandes oscilações ao seu portfólio de investimentos”, explica.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória