Fev 2022
20
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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O que diz Sérgio Moro

“Não gosto da expressão terceira via porque pressupõe um cenário dado de primeira e segunda via, mas faltam 8 meses para a eleição, muito pode acontecer até lá”, afirmou Moro.

Ele citou que conversou muito ao longo de 2021 com possíveis candidatos, como João Amoedo (Novo) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), que desistiram de disputar a eleição. Sem um nome que pudesse rivalizar com a polarização mostrada pelos institutos de pesquisa, decidiu candidatar-se.

“Há um compromisso informal de aglutinação em torno do candidato com melhores chances de êxito, mas não sei se será cumprido”, confessou Moro. “Essa união é desejável, mas precisamos combinar com o eleitor. Em 2018, por exemplo, a aglutinação de partidos não resultou em votos”, afirmou, referindo-se a Geraldo Alckmin, então pré-candidato pelo PSDB.

Questionado se abriria mão da candidatura como cabeça de chapa, Moro sinalizou que sim, mas fez considerações sobre o cenário. “É uma pergunta hipotética. Seria a decisão mais lógica, pois foi o compromisso que assumimos, mas o fato concreto é que estou em 3º nas pesquisas, e não faz sentido um candidato com mais chances abrir mão em relação a candidatos que nem pontuam nas pesquisas”, afirmou, em uma possível crítica à Simone Tebet (MDB) e Eduardo Leite (PSDB), cujos partidários levantam a menor rejeição como vantagem competitiva.

Quais as chances da terceira via?

Hoje há um contingente de candidatos muito grande e que disputam o voto da terceira via: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB); Sérgio Moro (Podemos); Ciro Gomes (PDT); a senadora Simone Tebet (MDB); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD); o senador Alessandro Vieira (Cidadania), Felipe d’Ávila (Novo). Há ainda Eduardo Leite (PSDB), que negocia com o PSD, de Gilberto Kassab, e pode voltar à disputa.

“Tantos nomes acabam atrapalhando a chance de êxito de algum deles. Embora a terceira via não tenha muita chance, em política nada é impossível. Mas para isso ocorrer, é necessário que os principais candidatos se juntem em uma única candidatura”, afirma José Luiz Orrico, executivo da Futura Inteligência.

“O problema é que para isso ocorrer é necessário algo que nunca vi na política desde que comecei a trabalhar com isso 1989: um candidato abrir mão em favor de outro”, conclui Orrico.

Confira na íntegra a participação de Sérgio Moro no Encontro Folha Business:

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