Mar 2022
24
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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porLuan Sperandio

A reforma administrativa é popular

A pesquisa FSB-BTG Pactual, divulgada nesta segunda (21), apontou que, ao contrário do que muitos podem pensar, a reforma administrativa tem ampla aceitação dos brasileiros: 55% declaram ser favoráveis à reforma administrativa, enquanto 32% são contrários, 4% são indiferentes, e 9% não souberam responder.

Os números indicam que a maioria da população já compreendeu que essa reforma estrutural auxiliaria na construção de um bom ambiente de negócios e de um melhor cenário para a iniciativa privada realizar investimentos, geração de empregos e aumentar a renda — recursos que hoje são asfixiados por um setor público caro e pouco eficiente.

Os impactos dessas medidas não se concentram apenas no campo das contas públicas do país, mas também têm efeito sobre grande parte da distorção criada no setor público, se comparado com o emprego no setor privado.

De acordo com dados da Receita Federal referente ao Imposto de Renda (IR), a elite do funcionalismo lidera o país quando se trata de rendimentos e isenções. Vale ressaltar que grande parte dessa distorção se concentra na esfera federal. Dessa forma, as mudanças com a nova regra da reforma administrativa podem ter também algum tipo de impacto na redução da desigualdade entre trabalhadores dos setores público e privado no Brasil.

Probabilidades de aprovação

O ano legislativo tende a ser esvaziado em 2022 em virtude das eleições. Isso ocorre tanto em virtude do receio que parlamentares  possuem em aprovar medidas legislativas que dificultem suas respectivas reeleições, quanto por causa do calendário legislativo: não devemos ter mais do que 120 sessões legislativas no ano, quase metade do que em um ano não eleitoral.

O período de janela partidária tem afetado a produção legislativa no Congresso. De relevante, apenas projetos sobre combustíveis foram votados no Congresso em março. Além disso, ainda há a necessidade de construção para a aprovação, que por ser uma Emenda Constitucional precisa de 308 votos, algo que apenas será viabilizado se houver empenho e foco do Governo Federal.

O cenário atual evidencia que uma reforma administrativa tende a não evoluir até o fim das eleições, em outubro.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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