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As cidades que regulamentaram a Lei de Liberdade Econômica registraram um aumento de 40,3% nas contratações quando comparamos com os números antes da regulamentação local. É o que revela estudo conduzido pelo Instituto Millenium a respeito do impacto da Lei de Liberdade Econômica na empregabilidade dos municípios brasileiros.
Apesar dos benefícios, a maioria das cidades capixabas ainda não regulamentou o dispositivo.
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A pesquisa, que também é de autoria do advogado Lucas Sampaio, analisou a experiência de empregabilidade de 380 cidades antes e depois de aprovações locais de leis e de decretos sobre liberdade econômica. Além do expressivo aumento das admissões, o levantamento também mostrou crescimento de 24,8% nos desligamentos nas regiões.
“Faz sentido que tanto o número de admissões quanto o número de desligamentos tenham aumentado nas cidades que aprovaram uma Lei (ou Decreto) de Liberdade Econômica, na medida em que a maior liberdade para empreender tende a levar à criação de mais empresas (e formalização de negócios até então na informalidade), aumentando a necessidade de contratações formais e de demissões, especialmente quando parte dessas empresas acaba se mostrando inviável e fechando”, afirmaram os autores do estudo divulgado do Instituto Millenium.
Diante da alta taxa de empregabilidade nos municípios que aderiram à lei nacional, os autores entendem que a aprovação de lei ou de decreto sobre liberdade econômica é de suma importância para aumentar a segurança jurídica e facilitar a vida dos empreendedores, principalmente os mais pobres.
A Lei de Liberdade Econômica (Lei 13874/2019), aprovada pelo Congresso Nacional, garante maior autonomia aos pequenos e médios empreendedores. Na avaliação de Marcelo Faria, o ponto fundamental da lei é a dispensa de alvará para atividade de baixo risco. Essa facilidade pode encorajar o empreendedorismo porque muitos empresários têm medo de abrir uma empresa, ou estão na informalidade, por conta da burocracia e da multa de alvará. Porém, para que as diretrizes da lei nacional tenham impacto de fato, é preciso que cada município elabore e aprove seu próprio decreto ou lei sobre o tema.
A lei nacional prevê a dispensa de alvará para 300 atividades de baixo risco, mas é a legislação municipal que vai definir quais são essas atividades em cada localidade. “A prefeitura tem que regulamentar, ou a Câmara Municipal tem que aprovar uma lei, para que a Lei de Liberdade Econômica, ou decreto, entrem em vigor naquele município. A maioria vai na linha federal, que dispensa cerca de 300 atividades de baixo risco. Em Minas Gerais, são 701 atividades de baixo risco dispensadas. O Rio Grande do Sul dispensou mais de mil atividades”, afirmou Faria.
Para verificar o índice de empregabilidade, o Instituto Millenium utilizou inicialmente os dados sobre a empregabilidade de todas as 517 cidades (com mais de 10 mil habitantes) que aprovaram uma Lei ou Decreto de Liberdade Econômica, de acordo com o mapeamento Liberdade para Trabalhar realizado pelo Instituto Liberal de São Paulo (ILISP). A análise estatística, entretanto, eliminou as cidades com amostra pequena, o que resultou em um total de 380 cidades com dados analisados neste trabalho.
Apesar de já ter se passado quase três anos da sanção da Lei da Liberdade Econômica, municípios capixabas ainda patinam em sua aprovação e implementação: apenas 28 cidades capixabas a aprovaram, reduzindo os impactos positivos da legislação. Confira a relação abaixo:
Afonso Cláudio
Alegre
Alfredo Chaves
Anchieta
Aracruz
Boa Esperança
Cachoeiro de Itapemirim
Cariacica
Castelo
Colatina
Fundão
Governador Lindenberg
Ibiraçu
Linhares
Marechal Floriano
Montanha
Nova Venécia
Pedro Canário
Piúma
Santa Teresa
Santa Maria de Jetibá
São Gabriel da Palha
São José do Calçado
Serra
Venda Nova do Imigrante
Viana
Vila Velha
Vitória/ES
Conversei com Andrei Roman, CEO do Instituto Atlas, sobre as propostas de criminalização de erros dos institutos de pesquisa que foram apresentadas no Congresso Nacional.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória