Nov 2022
7
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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porLuan Sperandio

Casagrande defende continuidade da responsabilidade fiscal no ES

Após as eleições de 2022, muita coisa pode mudar na política estadual e nacional, mas a gestão fiscal exemplar continuará no Espírito Santo. É o que garantiu o governador do Espírito Santo Renato Casagrande no painel de abertura do evento.

Ao ser questionado sobre como cumprir as promessas feitas durante a campanha, como a nova rodovia, o subsídio fiscal do gás de cozinha e a valorização do funcionalismo público capixaba, Casagrande foi enfático: “vamos manter o legado de responsabilidade fiscal do ES”.

“Fui acusado na eleição de forma inacreditável de ter recursos em caixa. Isso não faz sentido”, criticou os adversários.

“Temos um estado que tem cultura de gestão fiscal. Tenho orgulho de ter em meu primeiro mandato colocado nota A no Tesouro Nacional. Passou o governo de Paulo Hartung (Sem partido) e eu assumi novamente e continuaremos com boa gestão fiscal, capacidade de investimento, com caixa e poupança. Tudo isso é importante para o enfrentamento diante de crises externas, como uma pandemia ou fortes chuvas”, explicou.

“Não começo nenhuma obra sem ter o dinheiro todo em caixa. Não começo um programa sem ter o dinheiro em caixa. Essa é a gestão fiscal que temos”, salientou Casagrande.

“Meu papel como governador é fazer (o Espírito Santo) continuar a ter bons exemplos de gestão fiscal e da administração pública pelos próximos quatro anos. Eu e Ricardo Ferraço (PSDB) faremos o ES continuar a ser um estado equilibrado”, prometeu.

Além disso, Casagrande afirmou que o ES está preparado para os próximos quatro anos, explicando ter recursos para fazer obras, capacidade de endividamento e que há dívida líquida, isto é, mais dinheiro em caixa do que dívida.

Casagrande também criticou a polarização política e ideológica como algo superficial do debate eleitoral. “O enquadramento e o conceito do que é um partido político precisa ser aprofundado. Nessa eleição, xingaram uns de comunistas, outros de genocidas, enquanto isso, o debate do que precisa ser feito não foi realizado”, alertou.

“Temos condições de fazer políticas progressistas na área social, cultural e da sustentabilidade ambiental e de sermos conservadores na área da gestão fiscal”, finalizou.

O painel contava ainda com os deputados federais Marcel van Hatten (Novo) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL) que, embora tenham reservado muitas críticas ao futuro governo Lula (PT), elogiaram a gestão de Casagrande no Espírito Santo.

O painel na íntegra pode ser conferido abaixo. Ele foi mediado por mim por ser associado do Instituto Líderes do Amanhã, organização de formação de jovens lideranças empresariais. As inscrições estão abertas até o dia 15 de novembro para novos associados. Confira neste link.

A importância de responsabilidade fiscal

Ser um estado com Nota A no Tesouro Nacional possibilita a realização de empréstimos com a garantia da União, tornando, por exemplo, investimentos mais baratos e melhorando a competitividade do estado em relação a outros entes federativos.

Já são três governos diferentes com gestão fiscal considerada exemplar, o que demonstra que os bons resultados no ES não são resultado de um projeto pessoal ou de um único grupo político.

Em situações em que o orçamento governamental está comprometido com o pagamento de salários e aposentadorias, os entes federativos possuem menos possibilidades para realizar investimentos que permitam maior desenvolvimento econômico. Mas mais do que isso, o equilíbrio fiscal é essencial para a atratividade de investimentos privados.

O motivo é que o Selo de Bom Pagador estadual também influencia na avaliação das empresas estabelecidas naquela região. Não é coincidência, portanto, o movimento de migração de empresas de outros estados para o Espírito Santo que vem se verificando em especial desde 2017.

É mais um fator para o ES manter as contas públicas equilibradas, buscando a melhoria da qualidade do gasto público e priorizando áreas essenciais como estratégia institucional de atração de investimentos.

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