Ambiente de negócios dos municípios capixabas melhorou desde 2019, aponta estudo da Findes
Cada vez mais capixabas estão se preocupando em alocar recursos financeiros no mercado financeiro. É o que mostrou o recente relatório da B3, a bolsa de valores brasileira.
O número de investidores do ES alcançou 110.193, número 427% superior ao registrado ao final de 2019, quando somente 25.793 poupadores tinham recursos na bolsa.
A maioria dos investidores capixabas são homens (85.022), mas o número e a proporção de mulheres vem crescendo, estando atualmente em 25.171. O valor de custódia dos capixabas na B3 é de R$ 5,92 bilhões, representando 1,26% de todos os investidores do país.
Um fator que contribuiu para mais poupadores irem para o mercado foi a queda na taxa de juros que o país teve entre 2016 e 2021. Afinal, com juros menores, os poupadores precisaram sofisticar os produtos de investimentos para conseguir proteger seu poder de compra da inflação e também buscar maiores ganhos de rentabilidade. Contudo, mesmo com a Selic em seu maior patamar desde 2016, houve aumento de 35% no número de investidores de pessoa física na B3. 1,3 milhão a mais do que há 12 meses. O número impressiona especialmente porque há a expectativa da Selic iniciar um ciclo de queda em 2023. Além da maior entrada na Bolsa, o brasileiro tem diversificado mais seus investimentos. Há 6 anos, 75% das pessoas físicas na B3 investiam apenas em ações. Agora o percentual caiu para 33%.
Essa popularização de investimentos na Bolsa de Valores foi potencializada com a tecnologia. Está mais fácil investir, sendo possível abrir uma conta em corretora e iniciar operações a partir do próprio celular. Um terceiro fator foi o maior acesso à informação sobre ativos financeiros por meio de veículos especializados, redes sociais e casas de investimentos com profissionais especializados.
Em outras palavras, o ecossistema financeiro no Brasil tem se desenvolvido como um todo, inclusive no ES.
O mercado financeiro nada mais é que um mecanismo que conecta poupadores que emprestam seus recursos para os agentes que necessitam de dinheiro a fim de realizar suas operações e atividades. Esses títulos podem ser de dívida, como debêntures, ou de capital, em que os investidores se tornam sócios do negócio, como em ações ou fundos imobiliários.
Um dos problemas no Brasil é que o estoque de riqueza presente é mal alocado. Apenas os valores na caderneta de poupança, por exemplo, superam a marca de R$ 1 trilhão.
Com um mercado de capitais mais bem desenvolvido, os recursos podem ser mais bem alocados, e serem direcionados à financiar atividades que geram maiores rendimentos e ganhos de produtividade para a sociedade.
Na prática, isso gera valor a partir de inovações que refletem melhores bens e serviços, o que recompensa os poupadores a partir de maiores retornos. Ao desbravar esse segmento, ideias inovadores são recompensadas, gerando prosperidade econômica e social. Um mercado que os capixabas têm desbravado cada vez mais.
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