Custos com burocracia para micro e pequenas empresas caem no Brasil, aponta estudo
O agronegócio representou em 2022 24,8% do PIB, sendo o segmento econômico de maior destaque na produtividade do país.
Contudo, alguns eventos do Governo Lula tem preocupado setores do agronegócio, muitas vezes externadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que Data Business destaca nesta coluna.
1. Organização dos Ministérios
Gerou insatisfação no setor de agronegócio a reorganização da Esplanada dos Ministérios. Isso porque alguns órgãos considerados importantes e que até então eram vinculados ao Ministério da Agricultura foram realocados.
Uma das principais insatisfações é a separação da agricultura familiar. Apesar de ser uma atividade econômica que representa a maior parcela da produção das cooperativas agrícolas, com até 52% do mercado de produção de alimentos no país, não se entende o tratamento diferente.
Também é alvo de críticas uma emenda apresentada que trata da extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, mas que não deve prosperar.
Defende-se o retorno do Conab ao Ministério da Agricultura e que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) que está no Ministério do Meio Ambiente deveria voltar para a pasta da Agricultura. A Medida Provisória pode ser votada nesta semana.
2. Reforma Tributária
Há grande preocupação do agronegócio com a Reforma Tributária, que hoje é discutida em um Grupo de Trabalho na Câmara dos Deputados.
Entre os pontos de atenção está a possibilidade de suspensão da Lei Kandir, a discussão sobre o fim da isenção do ICMS na exportação e a possibilidade de maior taxação do agro, que já é taxado desde a cadeia primária.
3. Invasões de terra
Somente nos três primeiros meses de Governo Lula, já houve o registro de 13 invasões de propriedades, inclusive terras produtivas. O número é proporcionalmente muito maior do que quando comparado a todo o período do Governo Temer (2016 a 2018), em que houve 111 invasões, e ao Governo Bolsonaro (2019 a 2022), com 62.
O movimento teve seu auge no Governo FHC I e II (1995-2002), com 2.442 invasões, e registrou uma queda gradual no Governo Lula I e II (2003 a 2010), com 1.968 invasões, e no Governo Dilma (2011 a 2015), com 912 invasões.
A segurança jurídica é um dos principais temores do homem do campo. Para saber mais como se proteger nessas condições, leia esta coluna anterior.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória