Nov 2023
10
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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porLuan Sperandio

Os acertos e equívocos na política externa do Governo Lula

Gabriel Brasil destaca que a intensidade da agenda de política externa sugere “um esforço ativo do atual presidente para reverter o desgaste reputacional que o Brasil sofreu durante o governo anterior.” Ele pontua que Lula parece confortável em suas viagens e interações com líderes de outros países, obtendo algumas vitórias importantes, mas também enfrentando derrotas.

“Entre os pontos positivos, destacam-se a atuação do governo na frente ambiental e a estabilidade institucional. Temas essenciais para o Brasil têm melhorado nos últimos meses sob a gestão de Lula, o que contribui para a construção de uma imagem mais positiva do país no cenário internacional”, afirma.

No entanto, nem tudo são flores. “O presidente tem feito apostas controversas em sua aproximação com agendas que desafiam a dominância do Ocidente, como evidenciado pelo apoio à expansão dos BRICS, liderada pela China. Essa postura coloca o Brasil em um grupo de países que, segundo alguns analistas, demonstram “um notório desprezo por valores ocidentais fundamentais, como a democracia e o respeito aos direitos humanos”, explica o analista da Control Risks.

Para ele, um exemplo claro dessa abordagem é a posição do Brasil no contexto da guerra na Ucrânia. Ao se alinhar com os BRICS e apoiar a liderança chinesa, o governo brasileiro enfrenta críticas pela falta de alinhamento com os valores defendidos pelo Ocidente. Nesse sentido, a diplomacia brasileira precisa equilibrar a busca por parcerias estratégicas com a manutenção de compromissos fundamentais.

Presidência do G20

No próximo ano, o Brasil presidirá o G20, o que Gabriel Brasil analisa como “uma chance oportuna para o Brasil recuperar sua capacidade de interlocução em temas globais importantes, como a agenda climática.

“A principal oportunidade tem a ver com a atração de investimentos para a transição energética, considerando a melhora do ambiente econômico e o potencial do Brasil nesta área”, afirma.

O analista sediado em Londres, porém, traz um alerta: “O Brasil corre o risco de, dado o apetite de Lula de se envolver em temas às vezes estranhos à vocação do país – como a tentativa pouco legítima de mediação de conflitos em outros continentes – acabar perdendo o foco e a priorização das agendas de maior potencial para o país.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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