Na última pesquisa realizada pela plataforma de investimentos Genial em parceria com a consultoria Quaest, ficou evidente que a confiança do mercado financeiro no governo Lula sofreu uma queda significativa. Entre os principais resultados, o levantamento apontou para uma deterioração nas expectativas, e um aumento da preferência pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro.
A quinta edição da pesquisa com executivos de bancos e corretoras apontou que 80% dos entrevistados consideram a equipe econômica atual pior do que a do governo Bolsonaro. Apenas 12% acreditam que está no mesmo patamar, enquanto 8% a consideram melhor.
A tendência de piora das expectativas do mercado em relação à economia se acentuou, refletindo um contexto de descrença no cumprimento do déficit zero. Esse ceticismo aumentou o pessimismo no mercado financeiro quanto à capacidade do governo brasileiro em entregar resultados econômicos satisfatórios.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), viu sua aprovação diminuir. Atualmente, 43% dos entrevistados aprovam seu trabalho, representando uma queda de 3 pontos percentuais desde a última pesquisa. Desde julho, o índice de aprovação sofreu uma queda de 22 pontos percentuais.
A falta de confiança na política fiscal é apontada como o principal motivo para essa visão pessimista. Para 77% dos entrevistados, a ausência de uma política fiscal eficaz é o principal obstáculo para a melhoria da economia. Todos os executivos ouvidos (100%) duvidam que o governo consiga zerar o déficit no próximo ano, e a aposta agora recai em uma meta de 0,5% do PIB para 2024. Com esse resultado, 56% deles acreditam que essa mudança resultará em aumento da inflação, e 49% preveem um aumento no desemprego.
A pesquisa revela ainda que 55% dos entrevistados esperam uma piora na economia nos próximos 12 meses, um aumento significativo de 21 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior realizada em setembro. Em contrapartida, o índice dos que acreditam em uma melhora recuou de 36% para 21%.
Diante desses resultados, fica claro que o mercado financeiro está expressando sua desconfiança em relação às políticas econômicas adotadas pelo governo Lula, gerando incertezas sobre o futuro da economia brasileira. Resta aguardar para ver como o governo lidará com essas preocupações e se conseguirá reconquistar a confiança dos agentes econômicos.
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