Ao completar um ano dos atos ocorridos em 8 de janeiro, pesquisa Genial/Quaest revela que a reprovação popular persiste em relação ao episódio.
Com 89% dos entrevistados expressando desaprovação, a sociedade brasileira mantém uma posição clara contra os ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília. Apesar disso, a pesquisa representa uma queda em relação a fevereiro de 2023, quando a taxa de desaprovação era ainda mais alta, atingindo 94%.
Confira a pesquisa completa.
Um dos aspectos mais notáveis do levantamento é a manutenção da polarização política na rejeição aos atos, evidenciada pelos índices de desaprovação tanto entre os eleitores de Bolsonaro (85%) quanto dos de Lula (94%) nas Eleições 2022. número ressalta a resistência da sociedade diante do evento.
A análise dos dados indica que, apesar da polarização, o Brasil tem evitado cair na armadilha da politização da violência institucional, como por exemplo ocorreu na sociedade norte-americana após os ataques ao Capitólio em 2021. Afinal, a rejeição ao episódio se trata de uma defesa das regras, da Constituição e da própria democracia.
51% dos brasileiros acreditam que os participantes da invasão são radicais e não representam os eleitores de Jair Bolsonaro, enquanto 37% acreditam que representam sim os eleitores de Bolsonaro. Contudo, o número muda bastante quando se é segmentado em quem cada grupo político votou: 59% dos eleitores de Lula acreditam nesse envolvimento, enquanto 81% dos eleitores de Bolsonaro dizem não acreditar que há essa representatividade.
Em última análise, a pesquisa destaca que, quando o tema é politizado, a reação predominante é a polarização.
O levantamento ouviu 2.012 pessoas, presencialmente, entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2023. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Para marcar o primeiro ano dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o presidente Lula realizará nesta segunda-feira (8) no Salão Negro do Congresso Nacional evento contará com a presença de cerca de 500 convidados, incluindo ministros do governo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares, governadores e outras autoridades.
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