Dez 2024
25
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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porLuan Sperandio

2026 é logo ali. O que podemos esperar?

Apesar de, normalmente, os resultados eleitorais municipais não terem influência decisiva nas eleições seguintes, eles podem nos mostrar um retrato do país político. Nesse sentido, algumas constatações podem ser feitas:

1.      O país caminhou para a direita. Nas duas décadas passadas (até 2010), a disputa eleitoral se dava entre um partido da esquerda (PT) e um de Centro Esquerda (PSDB), sempre lembrando que um ou outro tinha que se aliar ao Centro e a Direita para governar, pois nunca conseguiram ter maioria nas casas legislativas;

2.      A esquerda continua dependente de um nome, Lula, que consegue ultrapassar as fronteiras com base em seu carisma pessoal.

3.      A Direita se dividiu em vários segmentos, a extrema direita, a direita e a centro direita. Hoje, no país, esses segmentos detém a ampla maioria do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras e Vereadores.

Essas constatações nos permitem vislumbrar que, hoje, fora o presidente Lula, nenhum nome, que represente a esquerda, tem chances de participar, com chances de vitória, da disputa presidencial de 2026.

A partir dessa leitura, podemos vislumbrar uma fragmentação dos candidatos de direita e centro para disputar as eleições de 26. Já existe uma lista de nomes compondo essa possibilidade. Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Michele Bolsonaro, Flávio Bolsonaro entre outros.

Desses postulantes listados, a melhor situação, a meu ver, é a do Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que pode deixar para “ir na boa”, já que ele é o único, dos postulantes listados, que pode escolher entre ser candidato a Presidente ou ser candidato a reeleição a Governador, no caso do Estado de SP.

O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, nesse momento inelegível, faz questão de se manter vivo, contando com a possibilidade de ser anistiado e voltar a figurar como postulante ao cargo. Vale ressaltar que a Bomba na Praça dos 3 Poderes e o relatório sobre a tentativa de golpe em 22, enfraquecem muito essa possibilidade.

Bolsonaro que apareceu em 2018 como um outsider, apesar de ter, à época, 30 anos de cargos políticos, pode ter que disputar esse espaço, muito grande entre os eleitores brasileiros, com um verdadeiro outsider, que se apresentou em 2024 na eleição de São Paulo. Pablo Marçal. Ele já deu indícios de que gostaria de ser candidato a Presidente da República.

Eu diria que nos próximos 15 a 18 meses veremos movimentos nessa direção, ou seja, os postulantes a ocupar esse espaço, irão se movimentar, já que, aparentemente, os eleitores brasileiros devem escolher um candidato com um perfil mais conservador.

Por fim, não se esqueçam do Lula, ele é o único com potencial para furar essa bolha e, novamente, disputar a eleição com chances de vencê-la.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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