Falta muito pouco para as eleições de 2026
A avaliação do governo Lula sofreu uma deterioração ao longo de 2024, fazendo com que se chegue a metade de mandato com um índice de aprovação ligeiramente superior ao dos três presidentes que não se reelegeram nem fizeram sucessor, e abaixo dos que se reelegeram ou fizeram sucessor.
De acordo com as pesquisas do Instituto Futura Inteligência, a rejeição ao Governo aumentou de 36,2% para 43,5%, enquanto a aprovação caiu de 44,1% para 32,4%.
Embora o Brasil viva sua menor taxa de desemprego desde 2013 e um crescimento econômico superior a 3%, a percepção sobre a condução econômica não é favorável. Segundo a Futura, atualmente 52,5% dos entrevistados avaliam negativamente a condução econômica por parte do Governo Lula.
Não é de hoje que a comunicação do governo tem sido alvo de críticas, tanto que o presidente Lula planeja substituir Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação (Secom) pelo marqueteiro Sidônio Palmeira. A reforma ministerial prevista para 2025 também pode contribuir para uma melhora na dinâmica da relação com o Congresso Nacional.
Contudo, como aponta o economista Gustavo Franco no livro As Leis Secretas da Economia, “Toda vez que as autoridades concordam que o problema é de comunicação, é porque os rumos da política econômica devem ser seriamente repensados”. Este é um dos principais desafios para 2025, sob a liderança do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Com as eleições de 2026 se aproximando, há preocupação por parte dos aliados em relação ao desempenho eleitoral do presidente Lula. Também segundo levantamentos da Futura, o atual mandatário atualmente perderia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e para o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Também está empatado com Michele Bolsonaro (PL) e Pablo Marçal (PRTB, e venceria Romeu Zema (Novo), Ratinho Jr. (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil).
Os números do governo não são trágicos, mas também não são confortáveis. Ou a atuação do governo, bem como suas entregas de resultados melhoram e contribuam para maior percepção pública do governo, ou as eleições de 2026 podem ser mais difíceis do que costuma se esperar para quem busca a reeleição.
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