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Faz a Conta

por Tamires Endringer

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Expectativas econômicas para o investidor em 2022

O ano de 2022 será ainda mais turbulento que os anteriores para o investidor, mas essa turbulência pode trazer grandes oportunidades de bons investimentos. Pandemia, eleições, inflação e o cenário externo ditarão as regras para o mercado interno, que tem hoje baixa expectativa de crescimento econômico.

Expectativas econômicas para o investidor em 2022

  ​Nessa nova série de textos da coluna Faz a Conta apresentaremos temas de educação financeira próximos à realidade dos leitores que queiram conteúdos relacionados a investimentos pessoais e os ajudem a decidir melhor sobre o que fazer com seus recursos financeiros. ​Desta forma publicaremos semanalmente conteúdos de finanças pessoais que relacionem contextos econômicos, expectativas do mercado, opções de investimentos e informações que possam os ajudar a conhecer melhor as opções que existem para entrar e se aprofundar nos investimentos. ​Para iniciar essa série apresentaremos as expectativas econômicas para o ano de 2022, um ano com agenda cheia de eventos importantes que poderão trazer turbulência para o mercado. ​O ano de 2022 já começou em alerta devido a nova variante do novo Coronavírus, a Ômicron, que traz características um pouco distintas das outras, porém a mesma preocupação de qual será o impacto que sua disseminação trará para a economia nos mercados Brasileiro e Capixaba. ​Por um lado, as taxas de infecção subiram significativamente, porém, de outro, percebe-se, preliminarmente, uma letalidade menor. Dessa forma, pode haver grandes impactos no curto prazo, com novas medidas de restrição à locomoção, contudo o avanço da vacinação traz esperanças de uma retomada gradual à normalidade. ​Além da pandemia que já convivemos desde o ano de 2020, esse ano temos outras incertezas, principalmente no cenário político, uma vez que teremos eleições para os Poderes Legislativo e Executivo e nas Esferas federal e estadual. Historicamente, os mercados variam acentuadamente nesses períodos, geralmente com maior intensidade quando há uma disputa acirrada entre agendas políticas e econômicas muito diferentes. ​Ademais, temos um cenário em que os juros estão em franca ascensão e mesmo tendo ocorrido sete aumentos consecutivos no ano de 2021 da taxa básica de juros, a Selic, o mercado ainda projeta novas altas. Isso porque a inflação tem estado persistentemente alta, sendo que o IPCA encerrou 2021 no maior patamar desde 2015, em 10,06%. ​Essa alta da taxa de juros tem um efeito recessivo sobre o crescimento econômico, sendo a perspectiva de estagnação da economia (com possibilidade de recessão) e projeções de inflação na casa dos 5,00% para este ano. ​Por seu turno, os bancos centrais dos países desenvolvidos estudam retirar grande parte da abundância de liquidez hoje disponível, que da mesma forma que estimularam altas sucessivas nas bolsas mundiais, podem acarretar em uma grande correção. ​De fato, o cenário atual não é muito otimista e de incertezas, porém, é justamente nesses momentos em que se apresentam grandes oportunidades. Como dizia o Barão de Rotschild, “... compre ao som de canhões, venda ao som de violinos...”. Contudo, é preciso ter cautela na hora de investir, posto que os ativos depreciados podem permanecer dessa forma por muito tempo e vender antes da maturação desses investimentos pode resultar em grande prejuízo. ​Nas próximas semanas aprofundaremos no assunto educação financeira trazendo conceitos mais para próximo da realidade, buscando exemplos cotidianos que aproximem a teoria com a realidade do leitor.   Pedro Simmer é Administrador, Mestre em Gestão Pública pela UFES, especialista em Finanças, Servidor Público Estadual atuando nas áreas de Planejamento, Orçamento e Gestão e Professor de Planejamento Estratégico e Finanças. Tiago Roque é economista, especialista em Finanças e Controladoria, com certificação CPA-20, Diretor de Investimentos da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo - PREVES, Servidor do Tesouro Estadual, Economista.