Sem essa medida, avaliaram, os Estados tendem a ir à Justiça contra o projeto, se aprovado
Governadores querem compensação imediata por perdas com teto ao ICMS
Governadores que estiveram reunidos nesta terça-feira (07) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o relator do projeto que limita em 17% o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), propuseram, para viabilizar a aprovação da proposta, que seja encontrado um mecanismo que compense imediatamente os Estados pelas perdas na arrecadação, estimadas em R$ 100 bilhões.
Os governadores querem também uma modulação para as áreas de telecomunicações e energia, permitindo que esse teto seja escalonado até 2024. Sem essas medidas, avaliaram, os Estados tendem a ir à Justiça contra o projeto, se aprovado.
“A proposta dos governadores é reforçar as medidas de compensação. O governo federal tem vários mecanismos para compensar os Estados. O que dialogamos é que Senado entenda que estamos no meio do exercício fiscal”, afirmou o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).
As negociações continuam. Os secretários de Fazenda têm novo encontro nesta tarde com Bezerra para discutir tecnicamente como viabilizar mudanças na proposta. A princípio, o relator marcou para as 16h30 uma coletiva de imprensa para divulgar seu relatório.
Segundo Câmara, o cerne do problema é a política de preços da Petrobras. Ele defendeu que parte dos lucros da empresa sejam reunidos em fundos de equalização como forma de reduzir os preços ao consumidor final. Disse ainda que Mendes, durante a reunião com Pacheco, contou que reduziu de 17% para 16% a alíquota de ICMS sobre os combustíveis e isso não teve nenhum efeito.
Referência: Valor Econômico