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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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O perigo das compras parceladas

Ao passar por uma vitrine, é impossível não desejar escolher um dos produtos disponíveis. Isso acontece até o momento em que você percebe que ele não cabe no seu bolso. Nesse momento, algumas alternativas podem aparecer em sua mente: deixar o produto de lado ou fazer ele se encaixar no seu orçamento, dividindo o preço de sua compra. Mas é aí que mora o problema: suas finanças pessoais podem se tornar uma bola de neve se não houver controle e planejamento para as compras parceladas.

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Motivos para refletir sobre as compras parceladas

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de brasileiros com dívidas ficou em 66,5% em janeiro deste ano. A Peic também informa que o cartão de crédito é a principal modalidade de pagamento utilizada pelos entrevistados, representando cerca de 80,5% deles.

Nesse contexto, esse é um dos principais problemas desse tipo de compra. O consumidor acredita que por não caber no seu bolso agora, basta parcelar que tudo se resolve depois. Contudo, o descontrole dessa prática pode causar endividamentos consideráveis. Por outro lado, o fator psicológico é fundamental: ao efetuar pagamentos à vista, você sabe o real impacto sobre suas contas pessoais. Ao diluir os valores ao longo do tempo, esse fato pode passar despercebido.

Vale ressaltar que você ainda pode cair na armadilha de se endividar ou continuar pagando por um item que muitas vezes não usa mais, o que piora ainda mais a situação. Por fim, a verdade é mais dura do que parece: não existe parcelamento sem juros. Geralmente, os estabelecimentos embutem essas taxas no próprio preço do produto, o que faz com que na prática você pague pelo parcelamento, de forma explícita ou não.

Então, o que fazer?

Mesmo com os perigos citados acima, as compras parceladas ainda podem ter utilidade. O ideal é que elas sejam usadas para a aquisição de bens duráveis e que de fato não cabem no pagamento à vista. Os eletrodomésticos e carros são exemplos. No fim das contas, usar essa modalidade para satisfazer desejos passageiros e não tão úteis pode sacrificar seu planejamento financeiro, sua poupança e, por fim, seu futuro como investidor.